Guedes afirma que teto de gastos é ‘retrátil’ em tempo de guerra

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (3) que o teto de gastos é “retrátil” em tempo de guerra. Segundo ele, o governo federal está dentro da responsabilidade fiscal, mesmo com a ampliação dos gastos com benefícios sociais, graças à Emenda Constitucional nº 123.

Toda vez que tiver uma guerra ou pandemia, o teto é retrátil, o teto levanta. E ajudamos os brasileiros”, disse Guedes.

Ele aproveitou para fazer uma comparação entre gastos do governo em 2020 e 2021. De acordo com o ministro, os gastos foram de 26% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020 devido à pandemia da covid-19. Já em 2021, houve uma redução firme, para 18% dos gastos. “Não é dogma, não vamos morrer por princípio de austeridade”, afirmou.

Estas declarações ocorreram em um evento online sobre investimentos. Aliás, Guedes explicou que o valor de R$ 180 pago pelo Bolsa Família acabou ampliado para R$ 400 por causa dos impactos da pandemia. No entanto, a guerra na Ucrânia agravou ainda mais a situação dos brasileiros, e isso fez o governo elevar o valor para R$ 600 até o final deste ano.

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Guedes admite que governo extrapolou teto de gastos

No evento, o ministro da Economia admitiu que o governo federal furou o teto de gastos. Contudo, explicou que o Auxílio Brasil, que pagará R$ 600 entre agosto e dezembro aos beneficiários, segue dentro dos cânones da responsabilidade fiscal.

“Vocês violaram o teto? Sim, violamos o teto. O teto é para impedir o crescimento [de gastos] do governo, queremos reduzir o peso do governo. Veio uma doença e estou dando auxílio aos mais frágeis ou enquanto a guerra esta aí. Não estou fazendo o governo crescer e está estritamente dentro das receitas extraordinárias não orçadas”, explicou Guedes.

Ele também aproveitou para repetir que o Brasil está no “início de longo ciclo de crescimento enquanto economias mais avançadas estão no final de um longo ciclo”.

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