G20 decide reduzir emissão de gás carbônico

Os 20 países mais ricos do mundo, o G20, decidiram reduzir a emissão dos gases causadores do aquecimento global. Apesar disso, a discussão maior ficou com os prazos, onde Rússia, China e Índia se recusaram a adiantar a meta para 2050.

A declaração do grupo vem em sintonia com a agenda mundial, dado que esse domingo, 31, marcou o início da COP26, a maior conferência do clima desse ano.

Pautas ESG nos governos do G20

Há muitos anos os governos buscam reduzir a emissão de gases tóxicos na atmosfera, mas com as recentes reuniões do G20 e outras entidades, o assunto vem ganhando cada vez mais urgência. A meta dos diversos países é limitar o aquecimento do planeta em 1,5°C, algo que já seria prejudicial.

Apesar disso, alguns países se mostram contraditórios entre prática e discursos. Isso porque a China é uma das maiores economias e tem se comprometido em reduzir as emissões de gases. Contudo, na recente emergência energética do país, os líderes recorreram às usinas termelétricas poluentes, o que foi criticado por ambientalistas.

Além disso, o painel da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, do governo dos Estados Unidos sobre o aquecimento global, mostra que os países europeus e o leste asiático são os que mais poluem, o que mostra uma necessidade de reformular suas economias. Além disso, outro desafio é trazer a inovação aos países emergentes, onde o custo de produção de energia limpa é mais alto.

Na cúpula do G20, Joe Biden criticou Rússia e China por não se comprometerem a compensar as emissões de carbono. Apesar disso, o impasse vem do forte negacionismo recente dos Estados Unidos, na figura de Donald Trump. Isso mostra que uma identidade suprapartidária sobre o assunto precisa ser mais forte no país americano. Os chefes de estado de Rússia e China não foram à cúpula.

No texto final, o termo que define o prazo para a emissão zero de carbono ficou como “em meados da metade do século”, uma frase vaga que os países podem interpretar de formas distintas, de acordo com o andamento da economia.

Isso afeta os investimentos?

De fato, isso afeta fortemente o longo prazo dos investimentos. Com o G20 avisando que vai dar mais atenção ao tema, empresas voltadas ao ambiental podem sair favorecidas. Isso porque os governos podem trabalhar com subsídios a essas companhias, o que poderia diminuir o custo de produção.

Apesar disso, empresas verdes já são uma realidade. A montadora de carros mais valiosa do mundo, a Tesla, opera apenas com carros elétricos de alto valor agregado e forte componente tecnológico. Recentemente, a empresa anunciou lucros acima do esperado ao mercado.

Contudo, o investimento eficiente demanda o longo prazo, porque trata-se de uma pauta do futuro, que será gradualmente implementada. As economias devem se adaptar, diminuindo o consumo de combustíveis fósseis de forma paulatina, até que consigam operar apenas com mobilidade verde. Por isso, o ESG é visto como a nova cara do mercado, porque as empresas já começam a se mover nesse sentido.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.