Financiamento imobiliário encolhe 6% no primeiro semestre

O financiamento imobiliário vem se mostrando mais fraco em 2022, quando comparado ao ano passado. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), as concessões de crédito totalizaram R$ 112,8 bilhões no primeiro semestre deste ano.

A saber, esse número representa uma queda de 6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em resumo, o volume de concessões de crédito para o financiamento imobiliário chegou a R$ 120 bilhões no primeiro semestre de 2021. Aliás, esse valor é o recorde da série, segundo a Abecip.

Embora os números estejam mais fracos que os do ano passado, o montante continua acima dos números de 2019. À época, o mundo ainda não enfrentava a pandemia da covid-19 e os juros estavam em taxas bem menores que as deste ano.

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Abecip está confiante em um bom resultado anual

O cenário atual do Brasil não está muito convidativo ao financiamento imobiliário. Em suma, as taxas da inflação, dos juros e do desemprego ainda estão muito elevadas, e isso vem se mantendo há meses. No entanto, as expectativas para o segundo semestre são bem mais positivas que as do primeiro.

Segundo o presidente da Abecip, José Rocha, os últimos dados sobre a taxa de desemprego mostram uma melhora contínua e gradativa do mercado de trabalho brasileiro. Além disso, a inflação também vem perdendo força no país, o que deverá evitar novas elevações dos juros no país, cujo principal objetivo é segurar a inflação.

“A expectativa de queda de desemprego é muito importante para o setor imobiliário. Vemos um sinal positivo com relação aos dados de emprego no país. Quando se fala da taxa básica de juros, há um sinal de que já está num terreno restrito, apontando para uma desaceleração dos juros, próximo do teto”, disse Rocha.

Por fim, a Abecip prevê que a poupança responda por R$ 180 bilhões do volume de crédito para financiamento imobiliário neste ano. Outros R$ 64 bilhões deverão vir do FGTS, conforme orçamento do fundo, segundo a entidade. Com isso, as concessões de crédito deverão cair 4% em relação a 2021.

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