FII: como utilizar na sua carteira

Se você gosta de renda variável, mas sem muita emoção, talvez os FII sejam para você.

Assim como ações, são empresas listadas na bolsa, mas algumas coisas mudam e é importante saber

Diferença entre FII e ação

Apesar de terem o preço variando todo dia, FII e ações são coisas diferentes na prática, e isso deve ser usado a seu favor.

FII são como grandes proprietárias de apartamentos. Eles alugam salas, prédios e outros imóveis para ter um retorno sobre o aluguel. Além disso, os FII podem investir diretamente em títulos relacionados ao mercado imobiliário.

Por outro lado, ações são empresas propriamente ditas. Elas têm seus processos produtivos e atuam em diferentes setores e serviços.

Por isso, o lucro dessas dias fontes é diferente e, por isso, o pagamento para o investidor também. Enquanto nas ações a política de dividendos varia de mensal, para trimestral, semestral ou anual, nos FII a grande maioria paga proventos mensalmente.

Por isso, é uma excelente forma de fazer renda passiva mensal para comprar diferentes ativos na bolsa de valores com seus rendimentos. Dessa forma, o investidor, através dos rendimentos dos FII, também pode comprar ações em diferentes patamares de preços.

FII
Foto: Ricardo Esquivel – Pexels

Como analisar um FII?

Existem diversas formas de analisar um FII e é importante saber que essas informações são básicas. O mercado apresenta análises mais profundas através dos relatórios mensais, trimestrais e anuais dos fundos.

A primeira grande questão é ver a gestora. Escolher fundos de gestoras consolidadas no mercado é um passo importante para ter maior segurança nos investimentos. Por isso, Rio Bravo, Kinea, XP Asset, entre outros, sao muito bem vistos pelo mercado.

Se o FII for de aluguel de lajes corporativas ou quaisquer imóveis, é interessante ver a vacância, ou seja, o percentual de imóveis que estão vazios. Por outro lado, ver os inquilinos pode dar uma boa dica da durabilidade dessa renda.

No caso dos FII de logística, ver os pontos de galpões espalhados pelo Brasil é uma importante métrica. Galpões na região Sul e Sudeste tendem a dar mais retorno que em outras áreas do Brasil. Ainda, a diversificação é importante.

Além disso, analisar a exposição do fundo aos CRIs e CRAs é bom para saber como o fundo sobreviveria caso tivesse dificuldade nos imóveis. Dessa forma, ver os indexadores dos títulos de renda fixa do FII podem mostrar como se comportará a receita do fundo.

Além disso, se o FII paga proventos mensalmente há um bom tempo, há maior tendência de que isso se repita, pelo menos no curto prazo. Então, FII novos são mais arriscados, assim como os que não pagam proventos de forma recorrente.

Para quem deseja iniciar na renda variável, os FII são um bom caminho. Eles têm menor oscilação diária e tendem a pagar os proventos mensais, o que anima investidores novos e estimula os aportes recorrentes.

A bolsa de valores tem o IFIX, o índice dos FII que mede a oscilação desses papéis. Ver a composição da carteira pode ser um excelente início.

Bons investimentos!

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