Economia: PIB brasileiro cresceu 1,1% no segundo trimestre

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que realiza uma previsão periódica do desenvolvimento econômico do país, através do Monitor do PIB, no segundo trimestre de 2022, houve um crescimento de 1,1% no Produto Interno Bruto nacional em comparação com o primeiro trimestre.

O mês de junho apresentou uma alta de 0,1% em relação a maio. Segundo dados da FGV, em relação ao ano anterior, houve uma alta de 3% no segundo trimestre, e de 2,7% relativa a junho. Ademais, o Banco Central havia estimado um crescimento de 0,57% na economia brasileira no período de abril a junho em relação aos primeiros três meses do ano.

Todavia, a alta da economia do país é motivada pelas três grandes atividades econômicas brasileiras, a agropecuária, indústria e serviços. As informações oficiais a respeito do PIB brasileiro ainda serão divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no início de setembro.

Apesar da boa notícia sobre a economia,  causada por um aumento do consumo das famílias e pelo crescimento no número de investimentos, o PIB nacional não deve crescer muito no segundo semestre de 2022. em síntese, isso se deve ao fato de que os juros básicos estão bastante altos, em virtude de uma estratégia do governo de frear a inflação.

Aumento do PIB 

Para que houvesse um maior desenvolvimento econômico em 2022, o governo buscou um aumento da renda dos brasileiros. Ele criou inúmeros programas de transferência de renda, como o Auxílio Emergencial, Família, Taxista, Gás e Caminhoneiro, por exemplo. A liberação dos saques de R$1 mil relativos ao FGTS do trabalhador merece um destaque.

Além disso, houve uma diminuição dos impostos, de produtos essenciais para o consumo, reduzindo o preço ao consumidor. A redução do ICMS dos combustíveis também aliviou o bolso dos brasileiros, causando inclusive uma deflação de 0,68% em julho. Todas estas estratégias conseguiram aumentar o consumo no país e consequentemente, o PIB nacional.

O consumo familiar brasileiro apresentou uma alta de 1,8% no segundo trimestre na comparação com o início do ano. Em relação a junho, o crescimento foi de 0,3% em relação com maio. Na comparação com 12 meses atrás, a alta foi de 4,3%. 

A respeito desta estatística, apenas o setor de consumo de bens duráveis não apresentou crescimento no período, causado pelo alto valor da taxa Selic. A atividade econômica que mais se destacou foi o setor de serviços. 

Panorama da economia brasileira

As exportações brasileiras de bens e serviços tiveram uma retração de 2,4% no segundo trimestre deste ano. Em junho, houve uma alta expressiva, de 7,8% em relação a maio.Em relação a 2021, há uma queda de 4,6% no segundo trimestre. Em geral, o desempenho pífio das exportações está relacionado à queda nas atividades do setor agropecuário e de extrativismo mineral.

Já a importação de bens e serviços teve um aumento de 7,2% no segundo trimestre. No mês de junho, em relação a maio, o recuo foi de 1,2%. Em comparação com 12 meses atrás, houve uma queda de 1,6% no segundo trimestre. Aliás, a importação de bens intermediários puxou a estatística para baixo.

A formação bruta de  capital fixo (FBCF) obteve uma alta de 4% no segundo trimestre do ano. O mês de junho apresentou um crescimento de 1,3¨relativo a maio. Todavia, em comparação ao ano anterior houve uma alta de 0,3%. A alta do componente de máquinas e equipamentos teve um papel fundamental na estatística.

em conclusão, o Monitor do PIB-FGV aponta que o acumulado do PIB no primeiro semestre do ano foi de 4 trilhões, 596 bilhões e 527 milhões de reais.  

Conclusão

O panorama econômico do país apresentou no início do ano uma pequena recuperação puxada pelos programas de transferência de renda do governo e pela diminuição de impostos. No entanto, a inflação no acumulado do ano fez com que fosse necessário o aumento da taxa básica de juros, Selic.

Dessa maneira, espera-se que o terceiro e quarto trimestres do ano apresentem um crescimento menor, já que com a alta da taxa Selic, há um menor número de investimento em vista de que o crédito dos bancos fica mais caro. A projeção de alta do FMI para o PIB de 2022 é de 1,7%. 

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