Dólar fecha á semana na casa dos R$ 5,39, o valor valor em 4 meses
O dólar fechou em queda de 0,60%, cotado a R$ 5,3900, no menor patamar em quase quatro meses, nesta sexta-feira (28), com a estabilização dos mercados globais e a recuperação de Wall Street no fim do dia abrindo caminho para mais demanda por risco e vendas da moeda norte-americana.
Essa é a terceira semana consecutiva da divisa no vermelho, com um recuo acumulado de 1,18%. Nas três semanas, a desvalorização é de 4,27%. Com o resultado, a moeda norte-americana acumula queda de 3,31% no mês e no ano. Na mínima da sessão, chegou a R$ 5,3759. Na quinta-feira (27), o valor já tinha ficado bem abaixo, na casa dos R$ 5,41. Essa queda de hoje surpreendeu investidores e ajudou os viajantes que vão para o exterior na próxima semana e se animaram com essa queda.
Cenário dessa queda do dólar
No cenário interno, o IBGE informou que a taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,6% no trimestre encerrado em novembro, mas a falta de trabalho ainda atinge 12,4 milhões de brasileiros. Apesar da queda do desemprego, o rendimento real habitual caiu 4,5% frente ao trimestre anterior, para R$ 2.444 – o menor rendimento da série histórica iniciada em 2012.
A FGV informou que o IGP-M, conhecido como inflação do aluguel, ficou em 1,82% em janeiro, acumulando alta de 16,91% em 12 meses. Já as confianças do comércio e dos serviços começaram o ano em queda, recuando a patamares do início de 2021, durante a segunda onda da Covid.
No exterior, os mercados seguem preocupados com a política monetária dos Estados Unidos, ao final de uma semana de bastante volatilidade, em que o Federal Reserve, o BC norte-americano, afirmou que deve começar em breve a subir a taxa de juros do país.
Os mercados também avaliam dados sobre o PIB de alguns países europeus, divulgados mais cedo: na Alemanha, a pandemia voltou a pesar no final do ano, levando a uma queda de 0,7% no quarto trimestre. Já na França a economia cresceu 0,7% no mesmo período.