Dólar começa nesta terça (2) com nova queda, cotado á R$ 5,26
O dólar opera em leve alta nesta quarta-feira (2), com as atenções voltadas para para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anunciará no fim da tarde a nova taxa básica de juros da economia.
Às 9h24, a moeda norte-americana subia 0,18%, cotada a R$ 5,2806. Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 0,65%, a R$ 5,2709 – menor cotação desde 16 de setembro do ano passado (R$ 5,2654). No acumulado no ano, tem queda de 5,45% frente ao real.
Cenário para as variações do dólar
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia a partir das 18h a nova taxa básica de juros da economia. A expectativa é de que a Selic avance dos atuais 9,25% para 10,75% ao ano, voltando a superar os dois dígitos após 4 anos e meio.
A previsão do mercado financeiro é que a taxa suba para 11,75% ao ano no mês de março, patamar no qual deve fechar o ano de 2022.
Juros mais altos no Brasil são amplamente vistos como positivos para o real, uma vez que elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico e tendem a ser um ponto a favor do fluxo de capital estrangeiro ao país.
Analistas têm destacado que o Brasil pode terminar 2022 com o maior juro real entre as principais economias do mundo, isto é, quando se desconta a perda pela inflação. A projeção do mercado para a inflação de 2022 está atualmente em 5,38%. Tal perspectiva aumenta a atratividade do Brasil para o investidor estrangeiro.
A moeda norte-americana já vem de uma sequência de quatro pregões consecutivos de desvalorização, período em que acumulou baixa de 3,04%. Alguns participantes do mercado atribuíram o arrefecimento recente da divisa a ajustes nas apostas para aumentos de juros nos Estados Unidos, em meio a dúvidas sobre quão longe o Federal Reserve irá em sua tentativa de domar a inflação. No momento, a visão predominante é de que o banco central norte-americano elevará os custos dos empréstimos em 0,25 ponto percentual cinco vezes ao longo deste ano, começando em março.
Na cena política, o Congresso Nacional retoma os trabalhos nesta quarta-feira, pressionado por uma agenda encurtada pelas eleições e em meio a embate entre poderes sobre a alta do preço dos combustíveis.