Dólar começa nesta segunda (23) cotado a $ 5,35, com queda de 0,77%
O dólar opera em queda nesta segunda-feira (23), acompanhando o comportamento da divisa norte-americana no exterior, com os investidores de olho nos próximos passos de política monetária nos Estados Unidos e monitorando a tensão política doméstica.
Às 10h03, a moeda norte-americana recuava 0,46%, cotada a R$ 5,36. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,77%, a R$ 5,3803, mas acumulou alta de 2,58% na semana. No mês, sobe 3,27%. No ano, o avanço é de 3,72% ante o real.
Cenário para os câmbio do dólar
No exterior, o índice de atividade de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro recuou em julho, de 60,2 pontos, para 59,5 pontos em agosto, mas ainda se manteve acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, de acordo com dados divulgados pela IHS Markit.
Por aqui, os economistas do mercado financeiro aumentaram a estimativa de inflação em 2021 pela vigésima semana seguida, para 7,11%, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.
Ao mesmo tempo, também reduziram a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano para 5,27%. Para 2021, o mercado baixou a previsão de alta do crescimento da economia 2,04% para 2%.
Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5,10. Para o fim de 2022, ficou estável em R$ 5,20 por dólar. Foi mantida também a previsão para a a taxa Selic ao final de 2021, em 7,5% ao ano.
A disparada do dólar nos últimos dias tem sido influenciada pela escalada da tensão política e preocupações com com o cenário fiscal doméstico, além da expectativa de os EUA podem cortar estímulos antes do esperado.
O cenário político brasileiro tem pesado no mercado de câmbio e de ações, com agentes financeiros cada vez mais preocupados com o risco de interesses eleitorais prevalecerem sobre a racionalidade econômica e equilíbrio das contas públicas.
Na semana passada, a votação da reforma do Imposto de Renda foi adiada, não houve avanços em relação à PEC dos Precatórios e o presidente Jair Bolsonaro seguiu atacando ministros do STF, mantendo elevada a tensão entre os Poderes.