Dólar começa essa segunda (4) cotado a R$ 5,37
O dólar abriu a semana operando em alta, na contramão da forte queda registrada no final da semana passada.
Às 9h48, a moeda norte-americana subia 0,13%, vendida a R$ 5,3753. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou em baixa de 1,42%, a R$ 5,3684 – a maior queda em três semanas. Na semana, houve alta de 0,47%. No ano, o dólar acumula avanço de 3,49%.
Cenário para essas variações
No exterior, o dia é negativo, mais uma vez com temores sobre a possível quebra da Evergrande, a gigante chinesa do setor imobiliário, que tem dívidas de mais de US$ 300 bilhões.
Nesta segunda-feira, as ações do grupo tiveram sua negociação suspensa na bolsa de Hong Kong, sem apresentar um motivo, mas em meio a expectativas pelo anúncio de uma ‘grande transação’. As ações da empresa registraram queda de quase 80% desde o início do ano.
Por aqui, o Banco Central informou mais cedo que o mercado financeiro elevou mais uma vez as estimativas para a inflação deste ano e do próximo. Para 2021, a alta na expectativa – a 26ª seguida – elevou a taxa esperada para 8,51%.
O dólar é um dos protagonistas da inflação brasileira em 2021. A moeda americana subiu quase 30% no ano passado e se manteve em patamar acima dos R$ 5 durante quase todo esse tempo.
Assim, um choque nos preços que parecia temporário perdurou por meses e passou a ser repassado ao consumidor. Isso acontece, basicamente, de três formas.
Indiretamente: pelo aumento de custos de produção que são repassados ao consumidor final
Diretamente: pelo redirecionamento de vendas para exportação, desabastecendo o mercado interno
Também indiretamente: com perda de produtividade da indústria, que torna o processo mais custoso e repassando a despesa para o preço final.
Outra situação muito comum é a que elevou os preços de alimentos. Quando os preços de commodities se valoriza no mercado internacional junto com uma queda do real, os produtores veem vantagem em exportar a produção.