Dólar começa a semana cotado á R$ 5,13. Veja o motivo da queda

O dólar abriu em leve queda nesta segunda-feira (21), com o o foco dos mercados centrados nas tensões entre Rússia e Ucrânia. Às 9h04, a moeda norte-americana caía 0,08%, a R$ 5,1360.

Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,52%, a R$ 5,14. Com o resultado, passou a acumular queda de 3,12% no mês e de 7,80% no ano.

Cenário das variações do dólar

No exterior, os mercados seguiram monitorando as tensões entre Rússia e Ucrânia. O governo da França afirmou que os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, concordaram “em princípio” em participar de uma cúpula proposta pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para discutir a crise na Ucrânia.

Os mercados não operam nesta segunda-feira nos EUA em razão do feriado do Dia dos Presidentes.

Por aqui, o foco segue nas discussões no Congresso em torno de alternativas para a redução do preço dos combustíveis e do novo pacote de concessão de crédito a pequenas e médias empresas e a microempresários que está sendo preparado pelo Ministério da Economia.

O mercado financeiro elevou pela sexta semana seguida a estimativa de inflação para 2022, que passou de 5,50% para 5,56%, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda.

Para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida a expectativa de 12,25% ao ano para o fim de 2022. O mercado financeiro manteve também a previsão de crescimento do PIB deste ano em 0,30%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 recuou de R$ 5,58 para R$ 5,50. Para o fim de 2023, caiu de R$ 5,45 para R$ 5,36 por dólar.

Participantes do mercado atribuem a performance do real nas últimas semanas à percepção de que o Brasil está atrativo para novos fluxos de dinheiro estrangeiro, em razão da trajetória de alta da Selic e com o diferencial de juros em relação a outras economias aumentando a rentabilidade do mercado brasileiro.

Quanto maior também o fluxo estrangeiro novo para o mercado acionário local, maior a oferta de dólar e, portanto, mais pressão de baixa sobre a moeda norte-americana.

Analistas alertam, porém, que a trajetória de queda do dólar frente ao real pode ser transitória, podendo ser desafiada por fatores como aumento dos juros nos EUA e incertezas relacionadas às eleições presidenciais no país e à situação fiscal do país.

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