DeFi: o fim dos grandes bancos?!

Uma abreviação para “Descentralized Finance” (finanças descentralizadas, o DeFi é um novo jeito de fazer transações que o mundo vê como algo do futuro. Buscando simplificar as burocracias e retirar gastos adicionais, as finanças descentralizadas tendem a ocupar espaços cada vez maiores.

Com isso, saber como elas funcionam e como utilizá-las é um grande diferencial para quem acredita nesse futuro.

O que é DeFi?

DeFi é uma forma de fazer as mesmas transações de hoje, porém com sistemas mais baratos e, claro, descentralizados. Isso quer dizer que ninguém mais deterá o direito de algo ou, ainda, poderá cobrar sobre algumas transações.

Um exemplo prático e muito famoso é o Bitcoin. A criptomoeda funciona da mesma forma que o dólar e o real. Ou seja, ela serve para comprar coisas ou como uma reserva de valor. E isso dá certo porque as moedas são, na verdade, acordos sociais. Ou seja, digamos que amanhã nenhum brasileiro aceite o real como troca. Ele deixará de existir. E cada vez mais o Bitcoin é aceito no mundo como uma moeda de fato.

E o mais interessante é que nenhum banco central pode controlar a emissão da moeda, ou sua retirada da economia. Existe um sistema que faz isso automaticamente. A esse sistema dá-se o nome de blockchain.

Por isso, alguns países temem a entrada do Bitcoin, porque ele poderia acabar com a moeda nacional, caso ela seja fraca demais. No caso da China, a moeda não é fraca, mas a característica centralizadora do governo não permitiria uma moeda descentralizada. No caso de El Salvador, o governo busca uma maior inclusão com o mundo, de forma a fomentar sua economia.

DeFi
Foto: Pixabay

Aplicações práticas

Como é uma modalidade muito nova, as aplicações práticas do DeFi ainda são poucas, mas através de um trabalho intelectual, conseguimos prever suas funcionalidades. Isso porque atualmente as moedas do DeFi já são usadas como moedas, de fato. Mas tem mais.

Isso porque alguns contratos inteligentes são fechados através de criptomoedas. É o caso do Ether, um sistema que tem uma moeda digital também (um outro tipo de DeFi). Nela, você pode firmar qualquer contrato, desde compra e venda de imóveis, carros, etc, até contratos de serviços temporários. Nesse caso, o pagamento se dá em ethereum, uma criptomoeda desse sistema. Ficou complicado? Eu dou um exemplo mais palpável.

Recentemente, um grande banco do mundo chamado JPMorgan lançou a Onyx, sua criptomoeda. Dessa forma, dentro dos sistemas do banco, os pagamentos podem ser feitos em Onyx, em vez de dólares. O resto funciona igual. Contudo, a diferença é que quando você firma contratos em moedas tradicionais, como euro, dólar e real, você precisa pagar uma taxa para o dono dela. Chamamos isso de imposto.

Por isso, quando um sistema trabalha sozinho, sem que precise pagar funcionários, é comum que ele não cobre taxas. Por isso que fazer transações com essas moedas sairia mais barato que nas moedas tradicionais.

Dessa forma, as taxas cobradas pelos bancos poderiam ser extintas, o que representaria o seu fim. Mas talvez o fim dos bancos jamais aconteça. Isso porque DeFi pode ser uma realidade, mas talvez nunca substitua as moedas tradicionais por completo.

 

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