Conta de luz mais cara: Aneel reajusta valor de cobrança extra em até 64%

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (21) os reajustes nas bandeiras tarifárias. A saber, essas tarifas correspondem a cobranças extras nas contas de luz em momentos de maior custo com a produção de energia elétrica no país.

Em resumo, os novos valores entram em vigor no Brasil a partir de 1º de julho e seguem até meados de 2023. Veja abaixo os novos valores das cobranças extras:

Bandeira Verde: continua sem cobrança adicional;
Bandeira Amarela: cobrança passa de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos;
Bandeira Vermelha Patamar 1: taxa sobe de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh;
Bandeira Vermelha Patamar 2: cobrança vai de R$ 9,492 para R$ 9,795 a cada 100 kWh.

Dentre os reajustes, o mais expressivo foi o da bandeira vermelha patamar 1, que teve alta de 63,7%. Já a bandeira amarela saltou 59,5%, enquanto a bandeira vermelha patamar 2 subiu apenas 3,2%.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a bandeira verde deverá seguir até o final deste ano. Isso quer dizer que os consumidores do país não deverão ter cobranças extras em suas contas de luz em 2022. No entanto, isso não deverá se repetir em 2023.

Entenda o sistema de bandeiras tarifárias da Aneel

Em suma, a Aneel possui um sistema de bandeiras tarifárias que adiciona uma cobrança às contas de energia dos consumidores. A saber, as bandeiras tarifárias possuíam três cores: verde, amarela e vermelha.

Em primeiro lugar, a Aneel aciona a bandeira verde quando os custos com energia elétrica se mostram normais. No entanto, quando a situação começa a ficar um pouco complicada, a Aneel recorre à bandeira amarela.

Já a bandeira vermelha passa a valer se a situação fica ainda mais difícil, como no ano passado, quando o Brasil enfrentou a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. Estas cobranças adicionais ocorrem quando os custos com a produção de energia elétrica ficam mais altos.

Em síntese, as hidrelétricas respondem por cerca de 65% de toda a energia gerada no Brasil. No ano passado, a falta de chuvas fez o governo acionar cada vez mais as termelétricas, que poluem mais e são bem mais caras que as hidrelétricas. Por isso que a bandeira escassez hídrica foi criada, com uma cobrança ainda maior que a bandeira vermelha patamar 2.

Para 2022, a expectativa é que as hidrelétricas produzam energia sem grandes dificuldades, uma vez que os reservatórios estão com bons níveis de armazenamento. Contudo, isso não pode ser garantido para 2023.

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