Comércio brasileiro fecha 404 MIL postos de trabalho em 2020

O comércio brasileiro sofreu perdas nunca antes vistas em 2020. A saber, o primeiro ano da pandemia da covid-19 fez o setor despedir 404,1 mil trabalhadores no país.

Aliás, o varejo foi o segmento que mais sofreu, respondendo por 90,4% desse total (ou 365,4 mil empregados). Em resumo, essa foi a maior queda de ocupação da série histórica, iniciada em 2007;

A propósito, estes dados fazem parte da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2020, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quarta-feira (17).

De acordo com o IBGE, o comércio brasileiro teve queda recorde em ocupação (-4,0%) em um único ano. Isso quer dizer que a pesquisa nunca registrou um número tão grande de postos de trabalho fechados em um ano como aconteceu em 2020.

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Veja as atividade que mais sofreram com a perda de pessoal

A ocupação que sofreu a maior perda de trabalhadores no primeiro ano da pandemia foi o segmento varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho. O IBGE revelou que 176,6 mil trabalhadores do segmento acabaram dispensados em 2020, queda de 15,3% em relação a 2019.

“O volume expressivo da queda nesse setor chama a atenção e representa de forma significativa aquelas lojas que tiveram suas atividades mais afetadas pela necessidade de isolamento social, seja no comércio popular, seja em shoppings”, disse a gerente de Análise Estrutural do IBGE, Synthia Santana.

“Todos esses estabelecimentos onde a venda presencial é muito importante para experimentar a mercadoria sentiram os efeitos da pandemia de forma mais acentuada nesse primeiro ano”, acrescentou.

Além disso, os setores varejistas de produtos alimentícios, bebidas e fumo (-81,5 mil trabalhadores) e de material de construção (-59,7 mil) também sofreram fortes perdas de pessoal em 2020. Em suma, estes segmentos incluem lojas especializadas, como padarias,  empórios e comércios de bebidas.

“Um dos fatores que podem explicar esse resultado é que a ida menos frequente a estabelecimentos comerciais, por causa da necessidade de isolamento social, fez com que os consumidores concentrassem suas compras em empresas com uma gama mais diversificada de produtos, como é o caso de hiper e supermercados”, explicou a pesquisadora.

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Apenas duas atividades do comércio têm aumento de pessoal

Para ter ideia do forte impacto da pandemia no comércio brasileiro, apenas duas atividades registraram aumento do pessoal em 2020. Elas foram as de hipermercados e supermercados (1,8 mil pessoas) e a de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos (318 pessoas).

A saber, ambas as atividades receberam a classificação de serviços essenciais durante a pandemia. Por falar nisso, os governos estaduais e distrital promoveram o distanciamento social para evitar a disseminação do coronavírus. E muitas atividades dependentes da circulação das pessoas sofreram grandes perdas em 2020.

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