China proíbe Bitcoin: moeda opera em queda
A China deu mais um passo rumo ao combate à circulação e mineração de Bitcoin em seu país.
Hoje, o Banco Central da China emitiu uma nota dizendo que a criptomoeda é ilegal.
Não é de hoje
O governo da China vem gradualmente proibindo as operações com criptomoedas no país.
Isso porque a proibição da mineração do Bitcoin já foi sancionada em maio, mas agora as transações com a moeda se tornaram ilegais também.
Na época da proibição, a China era a principal mineradora de Bitcoin do mundo.
Economistas do país acreditam que uma moeda descentralizada, se aceita, poderia gerar crises financeiras baseadas na cotação da moeda. Com isso, um controle governamental ficaria impossibilitado, algo que, nos moldes da economia chinesa, é impensável.
Além disso, a decisão serviria para manter a segurança nacional e a estabilidade social, segundo a entidade.
As agências de câmbio também estariam proibidas de fornecer esse serviço, bem como a circulação também está barrada.
Com a notícia, a criptomoeda opera em queda de 6%.
Criptomoedas e suas características
As criptomoedas, como o Bitcoin, Ethereum e outras, funcionam como dinheiros comuns, aceitos em transações e transferências de valores. Porém, a única questão é que nenhum banco central, de nenhum país, controla a emissão dela.
Por isso, governos centrais temem que uma descentralização poderia gerar excesso de moeda em circulação, um fator que leva à inflação. Além disso, ainda não se sabe o limite de moedas que essas minerações podem alcançar, mesmo com os sistemas das criptomoedas (blockchains) tendo limites definidos.
Por outro lado, a falta de influência dos bancos centrais gera uma volatilidade excessiva nas moedas. Um exemplo claro é Elon Musk, CEO da Tesla, que movimenta o mercado de Bitcoin de tempos em tempos.
Isso porque o valor das criptos subiu quando ele afirmou que a empresa receberia pagamento em Bitcoins. Porém, ao voltar atrás da decisão, a queda também foi grande.
Vale a pena investir em criptomoedas?
Essa é a grande questão dos investidores. Na China, a resposta é não, mas ao redor do mundo, ainda não se tem uma unanimidade sobre o Bitcoin.
Alguns especialistas acreditam que a criptomoeda não tem fundamento, ou seja, nada a sustenta no longo prazo e, por isso, o ideal seria não investir nela. Esses analistas alegam que a falta de regulamentação leva ao descontrole da moeda, o que não é seguro para o investir.
Por outro lado, grandes fundos de investimentos e até ETF estão sendo lançados na bolsa com a cara do “futuro do mercado financeiro”. Para essas gestoras, os países terão que aceitar a existência das criptomoedas, devido à sua força.
Eles dão como exemplo o caso de El Salvador.
De qualquer forma, é importante saber que o Bitcoin é o investimento mais arriscado no mercado financeiro e sua volatilidade já bateu facilmente os 20% em um único dia.
Por isso, é importante evitar ter grandes concentrações de valores nesse tipo de moeda. Especialistas costumam usar 5% a 10% do patrimônio investido para operar esse tipo de moeda.