Carteira digital do Facebook: mais um passo de Mark
Após diversas controvérsias legais em relação ao tamanho do Facebook, agora a empresa deseja se tornar ainda maior.
A “Novi”, carteira digital do Facebook, está pronta para ser aprovada pelas autoridades dos países e virá com força para abalar o cenário financeiro do mundo.
Acusação de monopólio
Além de Google e Microsoft, no fim do ano passado o Facebook foi acusado de monopólio. As três ações ocorreram nos Estados Unidos.
Por causa da compra de Instagram e WhatsApp, a Comissão Federal de Comércio dos EUA alegou que a empresa mantém práticas anticompetitivas e que, com isso, obteve lucros exorbitantes.
A defesa alega que a lei americana está prejudicando “empresas bem-sucedidas”, de acordo com Jennifer Newstead, diretora jurídica do Facebook.
Lucros do Facebook
No segundo trimestre de 2021, o Facebook registrou um lucro líquido de US$10,394 bilhões. O valor é aproximadamente o dobro do mesmo período do ano passado.
Com o número de acionistas no mercado, o lucro por ação (LPA) ficou em US$3,61. Esse valor é acima das expectativas do mercado que estavam em US$3,04.
Apesar disso, a empresa relatou que espera uma desaceleração nos lucros nos próximos trimestres, e que esse processo ocorrerá gradualmente
A carteira digital
A “Novi”, novo produto do Facebook, vem com grande capacidade de se tornar pioneiro no mercado.
Pelo fato de a empresa ter uma grande base de clientes no mundo todo, a carteira seria um novo meio de pagamento. Para isso, a empresa teria criado uma blockchain para lançar uma nova criptomoeda, o Diem.
Por isso, a empresa forneceria um meio de pagamento gratuito e acessível, tanto para clientes nacionais, quanto internacionais.
Além disso, existiria a perspectiva de fornecer, também, outros serviços financeiros, para aproveitar a grande base de clientes da empresa.
As barreiras para o lançamento
Além do já questionado tamanho do Facebook, há diversas barreiras nacionais e internacionais que podem barrar o lançamento da Novi.
Nas questões nacionais, há uma grande resistência de alguns países a aderirem às criptomoedas, fato que não ocorreu em El Salvador.
Isso porque é cada vez mais difícil de as nações regulamentarem e fiscalizarem as moedas digitais, seja pela falta de lastro, seja pela descentralização do sistema.
Além disso, opositores ao sistema criticam o uso das criptomoedas para lavagem de dinheiro e financiamento ao tráfico internacional e financiamento ao terrorismo.
Alguns países, como a China, vêm atuando firmemente contra o novo sistema financeiro, inclusive proibindo a circulação de criptomoedas no país. O mesmo aconteceria com o Facebook.
Mas pode ser bom!
Com o lançamento da Novi, o Facebook buscará facilitar a transação de moedas entre pessoas dentro dos países e entre eles.
A transferência de dinheiro não vem isolada: segundo a empresa, seria possível pagar boletos através de códigos de barra e, também, fazer transferência de altos valores, algo que é altamente fiscalizado pelos órgãos nacionais.
A medida é mais um passo de Mark Zuckerberg para tornar o Facebook em uma fintech e manter a inovação constante da plataforma.
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