Cartão de Crédito Visa adquire empresa especializada em Pix por R$ 1 bilhão de dólares

Conforme mencionado pela Visa, essa transação terá um papel crucial no aprimoramento da gama de serviços bancários oferecidos pelos emissores de cartões. Confira!

A Visa, empresa de cartão de crédito, divulgou na quarta-feira (28 de junho), que fechou um acordo definitivo para adquirir a Pismo, uma fintech brasileira especializada em processamento de pagamentos e serviços bancários. A transação será concluída por meio de um pagamento em dinheiro no valor de US$ 1 bilhão, o que corresponde a cerca de R$ 4,8 bilhões de reais.

No entanto, é importante destacar que a conclusão do acordo está sujeita a aprovações regulatórias e espera-se que seja finalizada até o final de 2023.

Após a aquisição, a Pismo, que possui operações na América Latina, Ásia Pacífico e Europa, continuará sendo liderada pela sua equipe atual.

A Visa busca fortalecer sua posição no setor de processamento bancário e emissão de cartões, englobando débito, pré-pago, crédito e cartões empresariais. Para isso, a empresa utilizará APIs nativas em nuvem para oferecer soluções avançadas nessas áreas.

Além disso, a aquisição da Pismo permitirá que a Visa ofereça suporte e conectividade para transações como o Pix no mercado brasileiro.

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Aquisição pela Visa

Jack Forestell, líder mundial de produtos e estratégia da Visa, ressaltou que a aquisição permitirá que a empresa atenda de forma mais eficiente as instituições financeiras e fintechs, oferecendo soluções bancárias e de emissão de cartões diferenciadas, que essas entidades podem oferecer aos seus próprios clientes finais.

Ricardo Josua, fundador e CEO da Pismo, expressou sua confiança na parceria com a Visa, destacando que a empresa oferecerá apoio para expandir a presença da fintech para outros países e impulsionar o desenvolvimento de uma nova era de pagamentos e serviços bancários.

A equipe de gestão atual da Pismo permanecerá intacta. No entanto, a conclusão da transação está sujeita a aprovações regulatórias e outras condições habituais de aquisição e venda.

A Visa, uma empresa multinacional norte-americana fundada em 1958 e sediada em Foster City, Califórnia, é reconhecida como uma bandeira de cartão de crédito, débito e pré-pago em mais de 200 países.

Embora a Visa não emita cartões ou forneça crédito diretamente, ela oferece às instituições financeiras a marca Visa para uso em transações, incluindo saques em caixas eletrônicos. No Brasil, a Visa estabeleceu sua presença em 1971, por meio de uma parceria com o Bradesco.

Pismo: empresa comprada pela Visa

A Pismo foi fundada em 2016 por Daniela Binatti, Ricardo Josuá, Juliana Motta e Marcelo Parise. Esse mesmo grupo já havia criado e vendido a Conductor, atualmente chamada de Dock, que opera de maneira semelhante, para a gestora Riverwood Capital. Em 2018, a Visa também investiu na empresa.

A carteira de clientes da Pismo inclui empresas estabelecidas, como o grande banco brasileiro Itaú e o BTG+, braço digital do BTG Pactual, um banco de investimentos.

Recentemente, a Pismo anunciou um acordo com o banco Citi, no qual a fintech fornecerá sua tecnologia de conta corrente para mais de 70 países. Um investidor satisfeito com o desfecho do negócio acredita que a Pismo possa ser considerada a empresa brasileira de deeptech mais bem-sucedida do Brasil.

De acordo com o Sling Hub, plataforma de dados sobre startups no Brasil e América Latina, essa transação iguala, em termos de valor nominal, a aquisição da 99 pela Didi Chuxing em janeiro de 2018 como a maior transação já divulgada envolvendo uma startup brasileira. Na época, a aquisição da 99 foi considerada o nascimento do primeiro unicórnio brasileiro e marcou um ponto de inflexão no mercado de venture capital no Brasil e na América Latina, atraindo a atenção do mercado para a região.

A discussão sobre se a 99 pode ser considerada realmente um unicórnio até hoje persiste, uma vez que atingiu esse status no momento da venda. No entanto, no caso da Pismo, o foco não está tanto nesse título. Os unicórnios têm perdido um pouco de destaque ultimamente. Na verdade, a expectativa é que a aquisição pela Visa seja o tão esperado ponto de virada para o mercado após quase dois anos de apreensão.

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