Nesta quarta-feira (15), o Banco Central elevou pela 11ª vez consecutiva a taxa básica de juro da economia brasileira, para 13,25% ao ano. Com isso, o Brasil permaneceu na liderança do ranking mundial dos juros reais, ou seja, lista que desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses.
A saber, os juros reais no país chegaram a 8,10% ao ano após a mais nova alta da Selic. Pelo menos é o que aponta o levantamento compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management. Aliás, o levantamento engloba 40 países, incluindo Estados Unidos, China, Japão e Alemanha, maiores economias do planeta.
Brasil: 8,10%;
México: 4,48%;
Colômbia: 4,47%;
Chile: 3,02%;
Indonésia: 2,77%;
Turquia: 1,98%;
Filipinas: 1,21%;
África do Sul: 1,02%;
Índia: 0,55%;
Hong Kong: 0,55%;
Malásia: 0,38%.
Todos os demais países do levantamento apresentaram taxas negativas de juros reais. A propósito, a Argentina ficou na última posição, com um juro real negativo de 14,16%. Holanda (-6,64%), Bélgica (-6,59%), Espanha (-6,00%), Alemanha (-5,55%) e Itália (-4,92%) também tiveram taxas negativas intensas.
Entre as maiores economias do planeta, a China teve uma taxa de juros praticamente nula (-0,09%), ocupando a 13ª posição. Por sua vez, o Japão ficou em 18º lugar (-1,05%), enquanto os Estados Unidos tiveram a 25ª maior taxa (-3,07%).
Brasil fica na terceira posição no ranking de juros nominais
Além disso, o levantamento também revelou as taxas de juros nominais entre os 40 países. Isso quer dizer que o ranking se refere ao valor nominal dos juros, sem descontar a inflação.
Em suma, o Brasil ficou em terceiro lugar, com a taxa de 13,25%. Nesse caso, a Argentina liderou o ranking, com a taxa básica de juro da economia atingindo expressivos 49,00% ao ano.
A saber, a Argentina vem tentando sair de uma recessão econômica desde 2018. No ano passado, a inflação disparou 50,9% no país, uma das maiores taxas do mundo. E isso explica o motivo de os juros estarem tão elevados e, mesmo assim, o país ter a taxa mais negativa entre os países pesquisados em relação ao juro real.
O top cinco ainda traz a Turquia, na segunda posição, com uma taxa de juros 14,00% ao ano, a Rússia (9,50%) e o Chile (9,00%), na quarta e quinta posições, respectivamente. Entre as maiores economias globais, destacam-se a China (4,35%, em 13º lugar), Estados Unidos (1,50%, em 21º) e Reino Unido (1,00%, em 24º).
Outros nove países tiveram taxas nulas (0%), como a Alemanha, a França e a Itália. Já as três últimas posições do ranking, com juros negativos, ficaram com Japão (-0,10%), Dinamarca (-0,60%) e Suíça (-0,75%).
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