Nesta quarta-feira (4), o Banco Central elevou pela décima vez consecutiva a taxa básica de juro da economia brasileira, para 12,75% ao ano. Com isso, o Brasil retornou à liderança do ranking mundial dos juros reais, ou seja, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses.
A saber, os juros reais no país chegaram a 6,69% ao ano após a mais nova alta da Selic. Pelo menos é o que aponta o levantamento compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management. Aliás, o levantamento engloba 40 países, incluindo Estados Unidos, China, Japão e Alemanha, maiores economias do planeta.
Brasil: 6,69%;
Colômbia: 3,86%;
México: 3,59%;
Indonésia: 2,39%;
Chile: 1,84%;
Rússia: 1,36%;
Filipinas: 1,18%;
África do Sul: 0,58%;
Índia: 0,47%;
Hungria: 0,37%;
Coréia do Sul: 0,17%;
Malásia: 0,01%.
Todos os outros países do levantamento tiveram taxas negativas de juros reais. A propósito, a Argentina ficou na última posição, com um juro real negativo de 10,30%. Bélgica (-6,83%), Espanha (-6,22%), Alemanha (-5,66%) e Itália (-5,60%) também tiveram taxas negativas intensas.
Entre as maiores economias do planeta, a China teve uma taxa de juros praticamente nula (-0,02%), ocupando a 13ª posição. Por sua vez, o Japão ficou em 17º lugar (-1,10%), enquanto os Estados Unidos tiveram a 30º maior taxa (-3,82%).
Brasil fica na quarta posição no ranking de juros nominais
Além disso, o levantamento também revelou as taxas de juros nominais entre os 40 países. Em suma, o Brasil ficou em quarto lugar, com a taxa de 12,75%. Nesse caso, a Argentina ficou na primeira posição, com a taxa básica de juro da economia atingindo expressivos 47,00%.
A saber, a Argentina vem tentando sair de uma recessão econômica desde 2018. No ano passado, a inflação disparou 50,9% no país, uma das maiores taxas do mundo. E isso explica o motivo de os juros estarem tão elevados e, mesmo assim, o país ter a taxa mais negativa entre os países pesquisados em relação ao juro real.
O top três ainda traz Rússia e Turquia, ambos os países com uma taxa de juros de 14,00%. Os outros destaques são: China (4,35%, em 12º lugar), Reino Unido (0,75%, em 19º) e Estados Unidos (0,50%, em 24º).
Outros nove países tiveram taxas nulas (0%), como a Alemanha, a França e a Itália. Já as três últimas posições do ranking, com juros negativos, ficaram com Japão (-0,10%), Dinamarca (-0,60%) e Suíça (-0,75%).
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