Brasil não apoia integração dos sistema de pagamentos dos BRICS

O Brasil não concorda com a integração dos sistemas de pagamentos entre os BRICS. A saber, o país até defende a adoção de um novo método global de pagamentos, que seja superior ao Swift, usado atualmente em todo o planeta. Contudo, não concorda com a integração de um sistema apenas para as moedas locais dos BRICS.

Essa questão foi levantada pela Rússia na semana passada devido às sanções impostas por diversas nações. Em resumo, o país comandado por Vladimir Putin segue bastante isolado financeiramente. E, para reverter esta situação, propôs aos outros países que formam os BRICS que houve uma integração dos sistemas de pagamentos.

No entanto, o secretário de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Economia, Erivaldo Alfredo Gomes, informou na última quinta-feira (14) que o pedido russo “não é um tema de trabalho, não está na agenda do Brasil”.

“Hoje estamos em um contexto de economia digital muito rápida, ágil, em quem as coisas acontecem em tempo real. Tem uma plataforma internacional de pagamentos, o Swift, que funciona e é confiável, mas não tem a agilidade que precisa”, disse o secretário.

“Faz sentido ter uma plataforma que seja mais ágil. Um pagamento às vezes leva dois a três dias para chegar no banco em outro país, ou a um organismo internacional”, acrescentou. Entretanto, ele afirmou que a mudança deveria ocorrer no “âmbito multilateral, global, e não uma solução específica de alguns países”.

Sanções pressionam sistema financeiro da Rússia

As sanções impostas por diversas nações à Rússia isolaram o país dos sistemas financeiros globais. As medidas também deixaram a nação russa impossibilitada de acessar quase metade das suas reservas de ouro e moedas estrangeiras, avaliadas em US$ 606,5 bilhões no início de abril.

Em suma, as bandeiras de cartões internacionais Visa e MasterCard deixaram de operar na Rússia no começo de março. Para piorar a situação, os maiores bancos do país perderam o acesso ao sistema bancário financeiro global Swift.

Para driblar esta situação, a Rússia criou o próprio sistema de pagamentos, conhecido como SPFS. Aliás, o país também já tinha montado em 2015 o próprio sistema de pagamentos com cartões, conhecido como MIR, que tem sido bastante útil nos últimos tempos.

Em resumo, o grupo é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A saber, o economista Jim O’Neil, do Goldman Sachs, utilizou o termo ‘Bric’ pela primeira vez em 2001 em um artigo, referindo-se aos países como as economias do futuro. Em 2011, a África do Sul entrou para o grupo.

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