Porque os partidos políticos devem se renovar?
A política brasileira passar por um grave momento e os partidos políticos parecem perdidos em suas medidas.
Isso porque eles não previam esses acontecimentos. E isso preocupa.
As eleições de 2018
Quando os partidos políticos se depararam com a perda das eleições para um candidato sem qualquer grandiosidade, o choque foi grande.
Bolsonaro chegou ao poder fruto da incompetência de seus antecessores em ouvir e realizar as demandas sociais necessárias.
Com um discurso antipetista e voltado a um nacionalismo exacerbado, Bolsonaro derrubou todos que estavam à sua frente, sem qualquer propaganda na televisão.
Por isso, tentaram atacar o atual presidente de todos os lados, como ainda o fazem.
Mas isso não quer dizer que eles estejam preparados para o cenário atual e futuro.
O atual cenário
No ano de 2021, os partidos políticos fazem diversas alegações contra Bolsonaro e, de fato, elas parecem ter fundamento.
Porém, um atual número de 130 processos de impeachment não pode soar legal para os ouvidos de quem acompanha de perto o país.
Ao ver os partidos de esquerda, grande parte de seu discurso é pautado nos supostos desvios do presidente, bem como sua péssima conduta no controle da pandemia, segundo pesquisa do DataFolha.
Apesar disso, os partidos não parecem ter cabeça fria para controlar a situação. Eles alegam que o momento é desesperador.
De fato, pode ser, porém quem está mais desesperados são os mandatários dos grandes partidos.
Isso porque a população mais pobre, alheia às discussões entre direita e esquerda, sente a crise de outra forma: no bolso.
A inflação beirando os 10%, o alimento, a gasolina e a energia elétrica subindo a níveis alarmantes, fazem com que a sociedade entre em frenesi.
Por isso, o ideal seria, agora, uma ampla frente suprapartidária para frear o atual governo. Porém, os atos que demandaram isso foram fracos.
Uma amostra grátis, portanto, do quanto os atuais partidos políticos são egocêntricos a ponto de excluírem seus apoiadores de atos, apenas pelo fato de algumas contrariedades.
A via democrática deve, sempre, ser a prioridade. Nunca os partidos políticos.
Um cenário futuro
Ainda faz parte da futurologia saber como os partidos políticos vão lidar daqui para frente.
Espera-se que processos de impeachment sigam acontecendo, mas o principal parece não ser isso.
Falta, ainda, um contato mais direto de partidos da oposição com a sociedade. A esquerda ou o centro não tem um rosto sequer que seja amplamente conhecido e apoiado.
Lula parece ganhar esse posto à medida em que as coisas avançam, mas esquecem que esse rosto também é responsável por onde chegamos.
Por isso, Lula chefiando uma frente oposicionista só aumentaria a polarização atual, algo que não faz bem para o país enquanto sociedade e também enquanto economia.
De fato, os partidos políticos precisam amadurecer nas suas pautas e nas suas prioridades.
A oposição é feita por aqueles que não apoiam o governo. Essa é a regra básica que não está sendo seguida.