Investir em imóvel será que vale a pena? Conheça mais essa modalidade

Investir em imóveis é uma cultura bastante enraizada no Brasil. É possível enumerar diversos fatores no desenrolar histórico do país que promoveram os imóveis como um dos principais veículos de investimento e reserva de valor.

Olhando para a história recente, sem dúvida, o período inflacionário pelo qual a economia brasileira passou entre as décadas de 80 e 90 ainda é refletido na forma de consumir e de investir da população.

Para que seja possível analisar se é economicamente viável manter um imóvel como investimento, é importante levar em conta não só o potencial de valorização do bem, mas também os custos envolvidos na compra e manutenção do imóvel.

Também é necessário considerar o valor pelo qual é possível rentabilizar o investimento, que no caso do imóvel é configurado pelo recebimento de aluguéis. O risco de vacância (não conseguir alugar o imóvel), o risco de não conseguir o valor pretendido de aluguel e a baixa liquidez do ativo (não conseguir vender o imóvel rapidamente) também devem ser colocados na balança.

Investimento imobiliário: conheça mais o processo

O desenvolvimento do mercado financeiro permitiu a criação de instrumentos mais eficientes para quem quer investir em imóveis. Através dos fundos imobiliários, o investidor pode adquirir cotas de edifícios corporativos, galpões logísticos, shopping centers e até hospitais – são os chamados fundos de tijolo.

Existem também fundos imobiliários que compram títulos atrelados à dívida imobiliária, cujos rendimentos são provenientes dos juros pagos por tais títulos (CRIs e LCIs).

O cotista recebe a rentabilidade mensalmente, com crédito na conta da corretora onde ele mantém as cotas dos fundos custodiadas.

Uma grande vantagem é que o rendimento creditado referente aos aluguéis ou ao pagamento de juros dos títulos de dívida é isento de imposto de renda para pessoas físicas, o que aumenta a atratividade desse tipo de investimento.

Dessa forma, a possibilidade de diversificação entre diferentes imóveis e inquilinos, contratos mais alongados e o ganho de liquidez, uma vez que o investidor pode vender parte das suas cotas na Bolsa de Valores, são pontos positivos dessa modalidade.

Nos fundos imobiliários também existe o risco de vacância do imóvel e inadimplência dos locatários. Por isso, é de extrema importância analisar a qualidade do imóvel que é gerido pelo fundo, bem como a qualidade dos inquilinos.

Em resumo, para determinar se é interessante ou não manter um apartamento como investimento, é preciso comparar o valor do aluguel em relação ao preço do imóvel com alternativas de investimentos e entender qual delas traz maior retorno para o investidor.

Comparar o valor que se recebe através de um apartamento com a renda de aluguéis e o pagamento de juros recebidos através de um fundo imobiliário pode ser um bom parâmetro.

Para além das questões objetivas, o perfil do investidor, seus planos e o horizonte de tempo também devem fazer parte da equação. Muitas vezes a aquisição do imóvel traz um conforto emocional importante.

Por envolver tantas variáveis que precisam ser equalizadas, é importante contar com o suporte de um planejador financeiro certificado para que a tomada de decisão seja feita de forma consciente e adequada.

 

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