Egito é o mais novo integrante do BRICS; entenda
O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, em inglês) aprovou a participação do Egito como membro da instituição. A entrada do país africano faz parte de um projeto de crescimento do Banco dos BRICS, como o NDB é conhecido, para atrair ainda mais capital de países que estão em desenvolvimento. Nesse ano, outros três países entraram para a instituição.
A ideia do NDB é pagar projetos que promovam o desenvolvimento social e econômico dos países membros. Por isso, nenhum país desenvolvido entrou na instituição, apesar de as normas permitirem. Em 2015, uma aliança entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul fundou o Banco dos BRICS.
O que faz o Banco dos BRICS?
O Banco dos BRICS, ou o NDB, é um projeto internacional que junta países emergentes que, juntos, visam desenvolver seus próprios países. Para isso, o banco recebe doações esporádicas dos membros, de forma a financiar projetos ao redor do mundo. Desde sua criação, o banco já aprovou cerca de 80 projetos.
Dessa forma, a instituição já movimentou US$30 bilhões em obras para desenvolvimento social e econômico dentro dos países membros. Para isso, o país deve enviar o projeto ao banco, que precisa aprovar, segundo o regulamento, para posteriormente enviar as verbas para construção.
Inicialmente com cinco países membros, a ideia era agrupar mais países para que, no futuro, o banco seja a principal fonte de financiamento para os países emergentes. No mundo, o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) é a principal fonte financiadora, tanto em países emergentes, quanto em países desenvolvidos.
Expandindo o NDB
O NDB está em processo de crescimento e, através de novos membros, busca ampliar ainda mais a sua influência no mundo todo. Nesse ano, o Banco dos BRICS já aprovou mais países para fazerem parte da instituição. Com a entrada, o banco, além de ganhar influência internacional, ganha maior capacidade financeira para financiar obras ainda maiores.
Em setembro desse ano, o BRICS aprovou a participação dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Bangladesh e Uruguai. Agora, a entrada do Egito mostra uma procura por influência no norte do continente africano, onde o NDB ainda não tinha membros participantes. “O Egito é um dos países de crescimento mais rápido do mundo, uma economia importante no continente africano e na região do Oriente Médio, bem como um ator chave em instituições financeiras de desenvolvimento. Estamos ansiosos para apoiar suas necessidades de investimento em infraestrutura e desenvolvimento sustentável”, afirmou o presidente do Banco dos BRICS, Marcos Troyjo.
Com a entrada do Egito, o BRICS sinaliza que quer continuar buscando apenas economias emergentes para o banco. Desde sua fundação, em 2015, o banco busca aumentar a quantidade de projetos aprovados, mas a parte financeira ainda é a maior barreira para a instituição. A entrada de novos países pode colocar mais dinheiro no banco que, posteriormente, se revertem em projetos para desenvolvimento nos mais diversos países.