Vendas no comércio crescem 0,1% em maio, menor alta do ano
O volume de vendas no varejo brasileiro cresceu 0,1% em maio deste ano, na comparação com abril. A saber, esse é o quinto resultado positivo consecutivo do comércio, ou seja, todos os meses de 2022 registraram vendas superiores ao mês anterior.
No entanto, vale destacar que o ritmo de crescimento vem diminuindo a cada mês. Veja abaixo as taxas de crescimento do volume de vendas do comércio brasileiro de janeiro a abril deste ano:
Janeiro: 2,3%;
Fevereiro: 1,4%;
Março: 1,4%;
Abril: 0,8%;
Maio: 0,1%.
Com isso, as vendas do comércio varejista do país cresceram 1,8% nos cinco primeiros meses do ano, em relação aos cinco meses anteriores.
Por outro lado, as vendas do varejo recuaram 0,4% no acumulado dos últimos 12 meses. A propósito, os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE e divulgada nesta quarta-feira (13).
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Vendas perdem ritmo em todos os setores do comércio
De acordo com o IBGE, as vendas do comércio varejista continuam firmes no país. Contudo, o ritmo está ficando mais fraco em todas as atividades pesquisadas.
“O cenário de todos os indicadores do varejo é de perda de ritmo. O indicador da margem, sai de 2,4% em janeiro para 0,1% na passagem de abril para maio“, disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa.
“Este resultado mostra um cenário de estabilidade na passagem de abril para maio. Mas, apesar de vir de quatro resultados positivos, as taxas foram decrescentes”, acrescentou.
Em suma, cinco atividades acumularam crescimento das vendas nos últimos 12 meses. Veja abaixo quais foram:
Tecidos, vestuários e calçados (+12,9%);
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+6,5%);
Livros, jornais, revistas e papelaria (+4,9%);
Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+1,7%);
Combustíveis e lubrificantes (+1,1%).
Por outro lado, os segmentos que não conseguiram registrar um resultado positivo no acumulado dos últimos 12 meses foram:
Móveis e eletrodomésticos (-14,3%);
Equipamentos e material de escritório (-4,1%);
Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,5%);
Por fim, vale destacar que o resultado nacional ficou negativo nesse período. Em síntese, isso aconteceu devido à forte queda registrada pelo segmento de móveis e eletrodomésticos, que apagou os ganhos registrados pela maioria das atividades pesquisadas.
“Móveis e eletrodomésticos é uma atividade que não superou seu patamar pré-pandemia, pois ao longo de 2021 teve perdas consideráveis. Durante a pandemia, esses itens tiveram um ganho importante devido às substituições que as pessoas fizeram pelo fato de estarem mais em casa. Após essa demanda extraordinária, esses produtos passaram a ter menos importância no orçamento das famílias, sobretudo eletrodomésticos”, explicou Santos.
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