Vendas de títulos do Tesouro Direto superam R$ 4 bilhões em março

A busca por títulos do Tesouro Direto cresceram expressivamente em março deste ano. De acordo com o Ministério da Economia, as vendas destes títulos totalizaram R$ 4,1 bilhões no mês passado, maior valor mensal desde maio de 2019 (R$ 5,9 bilhões).

O aumento da demanda por títulos públicos acontece em meio à elevação dos juros no país. Em resumo, o Banco Central (BC) elevou no mês passado a taxa básica do juro da economia para 11,75% ao ano, maior patamar desde abril de 2017. Aliás, a expectativa é que a taxa fique ainda mais elevada no decorrer do ano.

A saber, o aumento dos juros no país tende a aumentar a remuneração dos papéis atrelados ao governo federal. Em outras palavras, os investidores se beneficiam com títulos mais atrativos.

Além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia também elevou a curva de juros do mercado futuro. Estes juros servem de base para as taxas do Tesouro Direto, ou seja, a rentabilidade dos títulos também sobe.

Tesouro regista mais de meio milhão de novos investidores

O Tesouro Nacional registrou 521 mil novos investidores em março. Em suma, estas pessoas se cadastraram no programa, que permite a compra de títulos públicos pela internet por pessoas físicas. Inclusive, o programa foi criado em janeiro de 2002 pelo governo federal.

Com o acréscimo dos dados do mês passado, o número total de investidores cadastrados do Tesouro Direto chegou a 17,9 milhões. Esse valor representa um forte crescimento de 73,9% em 12 meses.

Já os investidores ativos totalizaram 1,9 milhão em março. A saber, este é o maior valor já registrado em toda a série histórica, que teve início em 2002.

O Tesouro Nacional ainda revelou que o saldo total (estoque) de títulos em mercado chegou a R$ 86,4 bilhões no mês passado. O valor ficou 3,9% superior ao montante registrado em fevereiro (R$ 83,2 bilhões).

“Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos do estoque somando R$ 47,29 bilhões, ou 54,72% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 24,87 bilhões (28,78%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 14,25 bilhões, com 16,49% do total”, disse o Tesouro Nacional.

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