Trabalhadora desempregada pode ter direito ao salário-maternidade?
A segurada desempregada pode ter direito ao salário-maternidade, mesmo quando está sem contribuir para a Previdência Social, desde que ainda esteja no período de cobertura dos seus direitos, o chamado período de graça.
Ainda mais, a desempregada que passa a contribuir como segurada facultativa também pode receber o benefício.
Salário-maternidade
O salário-maternidade é pago pela Previdência Social para a mulher (ou para o homem, em algumas situações), por motivo de nascimento de filho, aborto não criminoso e adoção ou guarda judicial para fins de adoção.
A saber, o período de graça é variável, podendo ser:
- Sem limite de prazo para quem estiver em gozo de benefício, exceto na hipótese de recebimento de auxílio-acidente e auxílio-suplementar;
- Até 12 meses após a cessação de benefícios por incapacidade, salário-maternidade ou após término das contribuições, para o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social. O benefício é considerado como período de contribuição;
- O prazo acima é acrescido de 12 meses se a pessoa contar com mais de 120 contribuições mensais (desde que a pessoa esteja no período de graça);
- O prazo de 12 meses ou 24 meses é acrescido de 12 meses para o segurado desempregado, desde que comprove recebimento de seguro-desemprego ou registro no Sistema Nacional de Emprego (Sine);
- Até 12 meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
- Até 12 meses após o livramento, para o segurado detido ou recluso;
- Até três meses após o licenciamento, para o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
- Até seis meses após a cessação das contribuições, para o segurado facultativo.
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Voltar a contribuir
A trabalhadora desempregada pode se inscrever e contribuir como segurada facultativa.
Em resumo, a contribuição nessa categoria pode ser feita por qualquer pessoa a partir de 16 anos, desde que não exerça atividade remunerada.
Com isso, ela vai manter o direito aos benefícios previdenciários e o tempo de contribuição será contado para a aposentadoria.
Além disso, a categoria de segurado facultativo não permite recolher contribuições referentes ao período anterior à data da inscrição.
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Carência
Vale destacar que o salário-maternidade não exige carência (tempo mínimo de contribuição) para empregada de empresa, trabalhadora avulsa, empregada doméstica, mesmo que as trabalhadoras dessas categorias estejam no período de graça.
Já as contribuintes individuais, facultativas e seguradas especiais vão precisar de dez meses de contribuição para terem direito ao benefício.
Por fim, no caso de perda da qualidade de segurado, é necessário cumprir 50% da carência exigida (no caso do salário-maternidade, cinco meses para as categorias que exigem carência).
A inscrição na Previdência Social pode ser feita pelo ‘Meu INSS’ (via aplicativo ou site) ou pelo telefone 135.
Com informações do Instituto Nacional do Seguro Social
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