SUSPENSÃO do Consignado do Auxílio segue em VIGOR no país!

As contratações do crédito consignado do Auxílio Brasil continuam suspensas. Se você pensou em solicitar o empréstimo juntamente à Caixa Econômica Federal, é melhor buscar outro banco, porque a suspensão desta operação segue em vigor no país.

Os usuários do Bolsa Família, antigo Auxílio Brasil, foram surpreendidos há uma semana e meia com o anúncio da Caixa. Aliás, muita gente que planejava contratar o crédito ficou sem reação ao descobrir a suspensão do consignado pela Caixa Econômica.

Em síntese, a nova presidente da Caixa Econômica, Rita Serrano, informou no último dia 12 que o consignado estava oficialmente suspenso. A declaração ocorreu durante a sua posse e fez muitos usuários do Bolsa Família se preocuparem com o futuro dos seus contratos.

De acordo com a Caixa, a paralisação é temporária. Inclusive, a suspensão ocorreu para que a Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social) analise os dados dos usuários do programa social, algi que também aconteceu no ano passado.

“Eu já posso anunciar para vocês que nós estamos suspendendo o consignado do Auxílio [Brasil] por duas razões. A primeira é porque o Ministério do Desenvolvimento Social vai revisar o cadastro. Então, como o ministério vai revisar o cadastro, não é de bom tom que a gente mantenha, porque nós não sabemos quem ficará nesse cadastro ou não”, explicou a presidente.

“E a outra razão é que de fato os juros para essa modalidade consignada é um juros muito alto, então nós estamos também suspendendo para reavaliar essa questão dos juros e ver as possibilidades que existem para tentar baixar esses juros”.

Caixa vai repensar os juros elevados

A saber, o governo federal definiu em 3,5% ao mês o limite da taxa de juros do consignado do Auxílio Brasil. Isso quer dizer que as instituições financeiras que oferecem o serviço podem ofertar taxas de juros até 3,5% por mês.

No caso da Caixa Econômica, a taxa de juros é de 3,45% ao mês, ou seja, quase no limite definido. Aliás, vale lembrar que, antes do início do consignado no país, a Caixa afirmou recorrentemente que teria os menores juros do mercado.

Infelizmente, para os usuários, isso não aconteceu. A propósito, um usuário do Bolsa Família que contratar R$ 2 mil pelo crédito consignado junto à Caixa pagará R$ 2.973,36 ao final de dois anos. Em outras palavras, a pessoa terá que pagar R$ 973,26 de juros.

A título de comparação, as taxas do consignado pessoal ficaram abaixo de 2,00% no país no final do ano passado. Caso essa fosse a taxa do consignado oferecido pela Caixa Econômica, o usuário do programa social teria que pagar bem menos pelo valor contratado.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o crédito consignado tem taxa taxas abusivas. “Isso porque ela é bem maior do que a praticada atualmente para outros tipos de empréstimo consignado, como os para aposentados, pensionistas e servidores públicos”, afirmou o instituto.

Inclusive, o Idec já identificou mais de 2 mil reclamações dos usuários do programa social apenas no início da liberação do empréstimo, que ocorreu no dia 10 de outubro do ano passado. Entre as várias queixas, muitas se referiam à demora da liberação do valor e à antecipação indevida dos descontos.

E quem contratou o crédito?

De acordo com a presidente da Caixa, Rita Serrano, a suspensão do crédito consignado acontecerá para que haja  uma revisão dos parâmetros e critérios da operação. No entanto, todos os usuários que contrataram o empréstimo devem ter em mente que a sua situação continua igual.

“Para quem já contratou, nada muda. As parcelas serão debitadas de maneira regular e de acordo com cada contrato”, explicou Rita Serrano.

Essa declaração ocorreu diante dos questionamentos sobre a situação destes usuários do Bolsa Família. Em resumo, como o banco suspendeu o consignado para promover mudanças em sua operação, muita gente acreditou que os contratos já firmados também passariam por mudanças. Contudo, isso não deverá acontecer.

Além disso, a presidente da Caixa também afirmou que as dívidas contraídas pelos beneficiários do programa social continuarão existindo. Em outras palavras, não há indícios ou informações oficiais de perdão das dívidas por causa dos juros elevados. Pelo contrário, os usuários que contrataram o consignado deverão continuar pagando as parcelas.

“Nós não trabalhamos com essa perspectiva [de perdão da dívida], até porque, perdão dos devedores, o banco não tem como fazer isso”, disse Rita Serrano.

Vale destacar que a suspensão do consignado está sendo realizada apenas pela Caixa Econômica Federal. Isso quer dizer que as demais instituições financeiras que oferecem o serviço continuam com o consignado funcionando normalmente, ou seja, os usuários ainda podem contratar valores diversos.

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