Surpresa total, NOVO Salário Mínimo ideal acaba de sair e surpreende brasileiros
Os trabalhadores do Brasil se surpreenderam com o rendimento que deveriam ter recebido em fevereiro. De acordo com o levantamento mais recente divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo deveria ter sido de R$ 6.547,58 no segundo mês de 2023.
Esse valor seria o sonho de milhões de trabalhadores que recebem bem menos que isso todos os meses. Na verdade, o valor projetado pelo Dieese é 5,10 vezes maior que o salário mínimo vigente no país (R$ 1.302).
Aliás, nem mesmo o novo valor do piso nacional, que deverá começar a valer a partir de maio, aproxima-se dessa marca. Em suma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu, ainda em 2022, um salário mínimo de R$ 1.320 em 2023, e, após muitas discussões, o valor realmente vai começar a vigorar no país. No entanto, o piso ainda está bem longe do ideal, segundo o Dieese.
Não é surpresa, e nem deveria ser algo apenas sonhado, mas os trabalhadores do Brasil gostariam de ter uma remuneração capaz de suprir todas as necessidades básicas das suas famílias. Isso não envolve apenas a alimentação, mas também inclui saúde, educação, lazer, entre outras coisas que também são muito importantes. No entanto, o salário mínimo do Brasil continua bem menor do que deveria.
Salário mínimo ideal x cesta básica
O Dieese divulga mensalmente uma pesquisa sobre as variações dos preços dos itens que compõem a cesta básica. A partir destes dados, a entidade calcula qual seria o salário mínimo ideal, levando em consideração o valor da cesta básica mais cara do país no mês.
De acordo com a entidade, o salário mínimo ideal do Brasil é aquele capaz de suprir as necessidades da população, e as estimativas consideraram a cesta básica de São Paulo, que foi a mais cara no mês passado, para definir qual seria o valor ideal para os trabalhadores do país.
Em resumo, o valor da cesta básica se refere ao conjunto de alimentos básicos, que são aqueles necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês. O cálculo do Dieese considera uma família composta por dois adultos e duas crianças.
Aliás, desde 1938 há uma lista que define os alimentos essenciais para a sobrevivência de uma família. Essa lista é composta por 13 itens básicos e possui regulamentação devido a um decreto. Confira abaixo quais são os itens:
Carne;
Leite;
Feijão;
Arroz;
Farinha;
Batata;
Legumes;
Pão;
Café;
Frutas;
Açúcar;
Óleo;
Manteiga.
Trabalhador compromete mais da metade do salário
O levantamento do Dieese considerou a cesta básica mais cara do país em fevereiro para estimar qual deveria ser o salário mínimo do país. No mês passado, São Paulo teve a cesta mais cara, custando R$ 779,38. A propósito, a cesta básica ficou mais barata em 13 das 17 capitais pesquisados em fevereiro.
A pesquisa comparou o custo da cesta com o salário mínimo líquido. Nesse caso, o Dieese levou em consideração os descontos referentes à Previdência Social, de 7,5%.
Assim, o valor da cesta básica correspondeu a 59,9% do salário mínimo vigente no país (R$ 1.302), ou seja, o trabalhador que recebia o piso nacional em fevereiro, e morava em São Paulo, gastou mais da metade da sua renda para adquirir uma cesta básica.
Além disso, a pesquisa também mostrou o tempo médio necessário para que um trabalhador de São Paulo adquirisse produtos da cesta básica. A saber, os profissionais da região precisaram trabalhar 131 horas e 41 minutos em fevereiro para comprar uma cesta básica.
A média nacional também ficou bastante elevada no mês passado. Contudo, o tempo a ser trabalhado no Brasil, em geral, não foi tão elevado quanto o de São Paulo, e chegou a 114 horas e 38 minutos. Inclusive, esse valor ficou menor que o de São Paulo porque os demais locais pesquisados tiveram cestas básicas mais baratas.
Por falar nisso, o Dieese revelou que a cesta básica mais barata do país foi a de Aracaju (R$ 552,97). Se essa tivesse sido a cesta básica mais cara do país em fevereiro, o salário mínimo deveria ter sido R$ 4.645,51, valor bem inferior ao da cesta básica de São Paulo, mas ainda bem superior ao piso nacional vigente.
Por fim, em Aracaju, o trabalhador precisou trabalhar 93 horas e 26 minutos em fevereiro para adquirir uma cesta básica. Isso quer dizer que a pessoa precisou trabalhar quase 40 horas a mais para comprar essa mesma cesta básica em São Paulo.