A vida não está nada fácil para quem tem ou para quem trabalha nas startups. Isso porque o atual cenário da economia está dificultando a existência dessas empresas, que agora passam por uma forte onda de demissões. Nessa semana, a fintech Nomad e a empresa de logística Loggi demitiram boa parte de seus funcionários.
No total, mas de 10 startups já fizeram ondas de desligamento apenas nesse ano. O cenário é bem diferente do ano passado, onde essas empresas captaram US$ 16,3 bilhões de investidores internacionais. Com isso, é hora de saber o que fazer, principalmente se você é funcionário dessas empresas.
Tempos de vacas magras nas startups
O ano não vem sendo bom para os negócios no país. Reflexo de uma alta taxa de juros no Brasil e no mundo, empreendedores apertaram as contas e agora correm para conseguir fechar o mês no verde. Isso é ainda mais desafiador para as startups, que agora correm para gerar caixa e manter seus negócios funcionando.
Isso porque o mundo todo vem passando por um processo de inflação alta. Dessa forma, os bancos centrais aumentam os juros para conter a alta dos preços. O resultado é uma maior aversão ao risco nos mercados, o que resulta em menos cheques para as startups. No Brasil, o cenário é ainda pior, dado que o país tem uma das maiores taxas reais do mundo todo.
Contribui para a onda de demissões nas startups o grande contingenciamento de compras. Isso porque em tempos de alta inflacionária, os consumidores tendem a focar apenas nos produtos básicos para sua sobrevivência e preferem ficar de fora de gastos considerados fúteis. O mesmo ocorre para o mercado de investimentos, que vê a saída dos investidores, principalmente no varejo, que atende pessoas de menor renda.
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O que fazer?
Se você trabalha em uma startup, talvez seja a hora de começar a pesquisar novas vagas do LinkedIn. Isso porque especialistas dizem que as ondas devem continuar, dado que essas empresas possuem pequenas margens de lucros. Além disso, vale lembrar que os setores ligados à tecnologia também estão sofrendo.
Isso porque durante a pandemia, o processo de digitalização de empresas demandou muitos funcionários. Com isso, as contratações foram, muitas vezes, maiores que a capacidade de pagamento das empresas. Agora, a ideia dos empresários é segurar as contas, de modo a manter o equilíbrio financeiro das startups. Com isso, as demissões vieram com força. Nessa semana, a Loggi demitiu cerca de 15% de seus funcionários, muitos deles ligados ao setor de tecnologia.
Com isso, a indicação de especialistas é que os funcionários invistam em qualificação, principalmente nas suas áreas de atuação e até mesmo em cursos que abranjam outras áreas. Isso porque a onda de demissões acontece apenas nas empresas de crescimento, ao passo que as vagas de emprego seguem crescendo em outros setores. Por isso, a recolocação profissional pode ser facilitada para algumas pessoas, ao passo que as startups ainda querem um cenário mais animador para seguir crescendo.
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