Stablecoins algorítmicas colocam pânico nas criptomoedas

O cenário dos investimentos não está muito atrativo para os investidores em criptomoedas. Isso porque na semana passada, a criptomoeda Luna perdeu 99% do seu valor em apenas 24 horas. Além disso, o Bitcoin atingiu os valores mais baixos em 10 meses e prepara a pior queda do mercado da história, segundo especialistas. E todo esse cenário trouxe à tona as stablecoins algorítmicas.

Isso porque essas moedas eram, teoricamente, seguras dentro do mercado das moedas digitais. Contudo, a quebra de um protocolo fez com que investidores entrassem em pânico com esses ativos, que são minoria nesse universo.

Stablecoins ou stablecoins algorítmicas?

Mesmo que o nome seja parecido, existe bastante diferença entre uma stablecoin comum e uma stablecoin algorítmica. Com isso em mente, os investidores precisam diferenciar as diferentes classes de ativos e, para isso, vamos explicar a diferença.

Na prática, toda stablecoin, algorítmica ou não, segue o preço de uma moda comum. O mais comum no mercado de criptomoedas é a paridade com o dólar. Com isso, o UST, moeda que fazia parte da Luna, valia, em tese, sempre 1 dólar, assim como o Tether. Contudo, o funcionamento nos bastidores é diferente. Isso porque as stablecoins funcionam da seguinte maneira: elas emitem um número limitado de moedas. Para cada moeda, a empresa tem 1 dólar físico para dar o lastro a essa moeda. Com isso, sempre que um investidor compra a moeda, a empresa automaticamente guarda esse dólar para que os investidores possam resgatar quando quiserem. O caso das stablecoins algorítmicas é diferente.

Isso porque essas moedas também têm lastro em dólares. Contudo, para pagar os investidores, as empresas usam outros ativos. Por isso, elas têm lastro indireto em dólar. Funciona dessa forma: se uma empresa lança 10 stablecoins algorítmicas, ela precisa ter 10 dólares guardados para pagar os investidores. Contudo, em vez de guardar os dólares, ela investe em ativos negociados em dólar, como ações, renda fixa e até mesmo o bitcoin.

Foto: Shutterstock | Reprodução

O problema dessas moedas

Como o lastro das stablecoins algorítmicas são diferentes, elas são mais arriscadas que as moedas digitais que têm um lastro real. Por isso, é muito mais fácil perder dinheiro com esses ativos. Esse era o caso da Luna, que era uma moeda que tinha diversos lastros diferentes e que buscava valer uma cesta de moedas.

Com isso, a quebra de Luna não se deve a um problema no protocolo. O que aconteceu foi que a moeda lançou diversos ativos no mercado. Com isso, o preço naturalmente cai. Contudo, a queda das diversas criptomoedas fez com que essa moeda perdesse o lastro e, com isso, despencasse até não valer absolutamente nada. Com isso, a moeda perdeu o seu principal fundamento., chegando a parar de ser negociada na maior corretora do mundo, a Binance.

Além disso, se isso aconteceu com uma das stablecoins algorítmicas, nada impede que aconteça com outras que já existem no mercado. Por isso, investidores passaram a se afastar desses ativos e procurar outros investimentos. De qualquer forma, a sugestão segue sendo para diversificar em diversas moedas diferentes para ter menor volatilidade e buscar rendimentos maiores no longo prazo.

 

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