Os brasileiros estão bastante endividados em 2022, mas isso não os faz perder o otimismo em relação ao futuro. De acordo com a pesquisa Perfil do Consumidor, realizada pela Boa Vista, nove em cada dez pessoas acreditam que a situação financeira vai melhorar em 2023.
A saber, esse número (90%) superou o resultado verificado no segundo semestre de 2021, quando 88% da população acreditava que a situação financeira melhoraria neste ano.
Em resumo, a pesquisa ouviu 1,5 mil pessoas em todo o Brasil através de questionários eletrônicos por todo o primeiro semestre de 2022. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o levantamento tem 95% de grau de confiança.
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Dívidas aumentaram para 40% dos brasileiros
Ainda segundo a pesquisa, 40% dos brasileiros afirmaram que as dívidas aumentaram no primeiro semestre de 2022. A título de comparação, 33% da população tinham essa percepção no semestre anterior.
Por outro lado, 32% dos entrevistados afirmaram que a quantidade de dívidas diminuiu neste ano. A taxa ficou menor que a registrada no semestre anterior (43%), indicando que o otimismo neste ano não está tão alto quanto em 2021.
Por sua vez, 28% dos brasileiros disseram que o número de dívidas se manteve igual, contra 24% no semestre anterior.
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Taxa de inadimplência sobe
A pesquisa também revelou que 71% das pessoas afirmaram que está cada vez mais complicado pagar as contas. No semestre anterior, a taxa havia ficado em 70%. Aliás, quase metade dos brasileiros (49%) disse que não pagaria dívidas de carnês e boletos caso houvesse diminuição da renda.
Em segundo lugar, os entrevistados disseram que deixariam de cumprir compromissos do cartão de crédito (37%). Fechando o top três, ficaram os empréstimos e dívidas de cheque especial (14%).
“A taxa de inadimplência das famílias está numa tendência de alta desde o fim do ano passado e em 2022 essa tendência ganhou um pouco mais de força”, disse Flavio Calife, economista da Boa Vista.
“A liberação do FGTS e o aumento do Auxílio-Brasil, junto da melhora dos números no mercado de trabalho, podem até suavizar esse movimento de alta, mas não devem ser suficientes para revertê-lo”, acrescentou.
Por fim, a pesquisa revelou que 97% dos entrevistados se consideraram endividados no primeiro semestre de 2022. Esse foi o mesmo índice registrado no semestre anterior.
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