Salário mínimo: aumento impacta todo mundo?
O aumento do salário mínimo acima da inflação é uma boa notícia para todos os trabalhadores. Contudo, mesmo com o aumento, algumas pessoas não terão o aumento na mesma magnitude. Por isso, se você recebe, atualmente, mais de R$1.212, é importante começar a ficar de olho em algumas negociações, que se encerrarão nos próximos meses.
Por outro lado, milhões de brasileiros terão o aumento automático com o reajuste do salário mínimo. Dessa forma, vamos entender como o aumento salarial impacta as suas finanças pessoais e o que terá reajuste automático nos próximos meses.
Salário mínimo maior aumenta benefícios
No Brasil, cerca de 56 milhões de brasileiros possuem a renda vinculada ao valor do salário mínimo. Deste total, 24 milhões são beneficiários do INSS. Os dados são do Dieese. Com isso, essa parcela da população terá aumento automático no salário a partir do início da vigência do novo valor básico do Brasil. Após a aprovação no Congresso, o valor ficou em R$1.320 a partir de 2023.
O aumento do salário mínimo aumenta, automaticamente, o valor recebido por quem tem direito aos benefícios do INSS. Dessa forma, os aposentados e pensonistas da instituição devem começar a receber R$1.320 no ano que vem. Apesar disso, ainda não se sabe o mês exato em que os pagamentos terão o reajuste. Além disso, o PIS/PASEP, o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) também passarão a ter um valor maior.
Segundo economistas, essa realidade impacta, de forma majoritária, os mais pobres no Brasil. Isso porque é essa categoria de renda que ganha o salário mínimo no país. Com o aumento real do poder de compra, também deve haver o incentivo do consumo nas famílias, o que faz com que toda a economia brasileira seja beneficiada.
Foto: Reprodução
Quem não tem aumento automático?
Apesar disso, não são todos os trabalhadores que receberão o aumento automático. Vale lembrar que o reajuste salarial é direito previsto em lei e deve acontecer todos os anos. Porém, quando o trabalhador ganha mais que o salário mínimo, o reajuste fica sob a responsabilidade do sindicato, que é o responsável por negociar com as lideranças da categoria.
Por isso, cada sindicato fará uma negociação específica. Para algumas categorias, o reajuste está definido. Por exemplo, comissários e pilotos, que encerraram a greve, terão um reajuste de 6,97% nos salários, além de outros benefícios. Para outras categorias, o reajuste será de 3%, com a inclusão de salários extras e aumentos do vale-refeição. Contudo, algumas categorias, como o setor dos bancários, ainda não possuem negociação fechada. Especialistas dizem que o ideal é o trabalhador ficar por dentro das negociações de seu sindicato e, com isso, entender como será o reajuste e, se for o caso, pressionar por um aumento maior.
As negociações devem começar a ser finalizadas a partir do dia 10 de janeiro. Isso porque essa é a data de divulgação do INPC, índice que reajusta o salário mínimo no Brasil. A expectativa de economistas é que o índice feche em 6%, aproximadamente.
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