Redução do ICMS derruba preço da gasolina, mas diesel sobe
Desde que o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei federal que limita a cobrança do ICMS sobre diversos itens, os seus preços passaram a cair significativamente no país. O principal exemplo é a gasolina, cujo preço comercializado nos postos de combustíveis do país caiu mais de 20% nas últimas quatro semanas.
Contudo, a lei não beneficiou apenas a gasolina. Na verdade, a lei federal passou a limitar a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os seguintes produtos e serviços:
Combustíveis;
Energia elétrica;
Gás natural;
Telecomunicações;
Transporte coletivo.
De acordo com o IBGE, o IPCA, considerado a inflação oficial do Brasil, desacelerou fortemente em julho. Em resumo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA) caiu 0,68% neste mês. E esse decréscimo só ocorreu devido à redução da alíquota do ICMS.
Veja abaixo a variação em julho dos itens que tiveram tiveram o ICMS limitado:
Gasolina: -15,48%;
Etanol: -11,38%;
Energia elétrica residencial: -5,78%;
Gás veicular: -5,67%;
Gás de botijão: -0,36%;
Plano de telefonia móvel: 0,00%;
Ônibus urbano: 0,18%;
Óleo diesel: 4,59%.
A maioria dos itens registrou queda em seus preços em julho, mas a gasolina foi a principal responsável por derrubar a inflação no país. A propósito, vale destacar que a Petrobras reduziu duas vezes o preço da gasolina no mês passado, ajudando a reduzir os preços no país.
Além disso, a redução do ICMS não pareceu afetar os preços do diesel, que teve a maior alta entre os itens em julho.
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Itens acumulam alta nos últimos 12 meses
Embora a população tenha conseguido aproveitar a queda dos preços em julho, o resultado anual ficou bem diferente. Segundo o IBGE, quase todos os itens citados anteriormente acumulam forte alta nos últimos 12 meses. Veja abaixo as variações no período de cada um dos itens:
Óleo diesel: 61,98%;
Gás de botijão: 21,36%;
Gasolina: 5,64%;
Ônibus urbano: 3,35%;
Etanol: 2,53%;
Gás veicular: 2,16%;
Plano de telefonia móvel: 1,89%;
Energia elétrica residencial: -10,77%.
Em suma, a maioria dos itens acumula alta nos últimos 12 meses. Na verdade, a única exceção é a energia elétrica residencial, cujos preços despencaram no país. A saber, esse resultado negativo só aconteceu devido ao fim das cobranças extras, com a adoção da bandeira verde no país.
Por fim, vale destacar que a redução dos preços em julho é um sinal para os próximos meses. A expectativa é que os brasileiros se beneficiem com valores menos elevados nos últimos meses de 2022.
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