Recessão econômica: bancos divergem em análise para 2023
O cenário econômico para 2023 não tem boas perspectivas, mas isso não quer dizer que economistas sejam unânimes em suas análises. Todos os anos, os principais bancos fazem suas previsões para o mundo. Neste ano, as maiores casas de investimentos do mundo, Goldman Sachs e BlackRock, fizeram previsões diferentes sobre a recessão econômica.
Isso porque economistas de uma instituição acreditam que haverá problemas no mundo todo, enquanto outros acreditam apenas em uma desaceleração na economia. No Brasil, isso significa uma criação menor de empregos, além de um dólar mais caro, o que afeta a inflação para todos.
O que diz a BlackRock?
A BlackRock é a maior casa de investimentos do mundo. Em sua equipe, a empresa tem os economistas mais respeitados do mundo. Apesar disso, as análises do banco costumam causas controvérsias entre especialistas. Neste ano, a empresa acredita que haverá recessão econômica nos Estados Unidos e na Europa, mas isso não é que mais preocupa.
Isso porque a BlackRock acredita que as medidas para combater a recessão econômica serão diferentes. Na prática, as antigas “regras” da economia não estão mais valendo para os dias atuais. Se isso for verdade, é esperado que os tempos de crise no mundo durem ainda mais.
Caso isso aconteça, os Estados Unidos, com a alta inflação, precisarão manter as taxas de juros mais altas. Para o Brasil, isso significa que mais investidores estarão dispostos a comprar o dólar, o que deixa a moeda mais cara. Quando o dólar fica caro, o Brasil sofre com uma inflação severa, como aconteceu em 2021, quando o dólar atingiu R$6. Para 2023, a recessão econômica não está prevista para o Brasil, o que deixa a situação por aqui mais tranquila.
Por outro lado, o Goldman Sachs não acredita em uma recessão econômica nos Estados Unidos, mas diz que isso deve acontecer na Europa. Contudo, isso também não é o que mais preocupa no relatório da empresa. Isso porque os economistas do banco preveem uma economia menos aquecida nos Estados Unidos, o que afeta diretamente o Brasil.
Europa e Estados Unidos terão problemas em 2023, dizem economistas. Foto: Reprodução
Brasil sem recessão econômica, mas com problemas
Apesar de não ter previsões de recessão econômica no Brasil, as notícias não andam boas por aqui também. Isso porque Lula terá a difícil tarefa de fazer o país crescer com um cenário internacional jogando contra. Por conta disso, o crescimento apresentando nos seus dois primeiros mandatos não devem se repetir.
Além disso, Lula tem outros problemas. A recessão econômica na Europa e nos Estados Unidos afetam a exportação do Brasil. Na prática, se o Brasil vende menos para fora do país, a tendência é que seja mais complicado de gerar empregos. Sem empregos, a desigualdade aumenta, assim como a fome. Vale lembrar que Lula se propõe a acabar com a fome no país. Para isso, economistas acreditam que a recessão econômica no mundo será um entrave importante.
Por fim, o governo quer fazer mudanças importantes. Isso porque está prevista uma discussão sobre os impostos no Brasil, o que pode afastar investidores. Com isso, a expectativa é de juros mais altos, o que afeta o financiamento imobiliário e veicular. Empréstimos devem seguir caros.
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