Real digital: entenda o que é essa novidade do BC

O Banco Central do Brasil quer lançar, até 2024, o real digital. Na prática, será um nova moeda, mas que respeitará a atual moeda do Brasil. Além disso, como o próprio nome diz, ela será exclusivamente digital, não tendo notas físicas, como temos atualmente. E mesmo que pareça confuso, a verdade é que é bastante simples de entender essa novidade.

Por isso, hoje vamos falar o que é o real digital, o que se sabe até agora da moeda brasileira e até quando o Banco Central pretende lançar essa moeda. Vale lembrar que ela ainda não entrou em vigor e, por isso, não existe.

O que é o real digital?

O real digital seria uma moeda corrente de alcance nacional, que teria as mesmas funções que a moeda comum do país. A diferença dela para o real “comum” é que não haveriam espécies físicas. E mesmo que pareça muito com o saldo que aparece na conta do seu banco, para o BC a vida mudaria muito com essa novidade.

Isso porque, hoje em dia, o Banco Central só consegue emitir moeda do jeito tradicional: imprimindo dinheiro, literalmente. Com o real digital, a entidade conseguiria fazer isso através de meios digitais, o que daria muito mais agilidade nas políticas monetárias do Brasil, dando acesso mais rápido ao dinheiro para as populações que recebem algum benefício, por exemplo.

Na prática, nada muda. Isso porque o real digital seguiria sendo uma moeda brasileira, usada para fazer compras, trocas e até mesmo para ser guardada. A novidade não exclusiva do Brasil, já que Estados Unidos, China, Coreia do Sul e Suécia também estudam ter suas moedas digitais emitidas por bancos centrais.

A novidade normalmente é confundida com criptomoedas. Contudo, as criptos são moedas descentralizadas, ou seja, ninguém consegue emiti-las. No caso do real digital, o Banco Central controlaria a quantidade em circulação.

Foto: Senado | Reprodução

Quais os impactos dessa mudança?

Para o dia a dia dos cidadãos, a mudança não será tão efetiva. Com o real digital, as pessoas conseguirão usar a moeda da mesma forma que usam o real tradicional. Contudo, a mudança representa muito para o mundo, dado que as moedas digitais têm muitos outros impactos, seja na política, seja até mesmo no meio ambiente.

O primeiro impacto positivo é o que comentamos anteriormente: a rapidez com que o dinheiro será feito. Isso porque com apenas alguns cliques, o Banco Central conseguirá fazer mais dinheiro. Isso foi especialmente importante na pandemia, quando o governo criou a nota de R$200,00 para suprir a necessidade do alto número de resgate de dinheiro. Com o real digital, não seria preciso criar uma nova nota, mas também não seria possível “sacar” esse valor.

Além disso, o real digital seria muito mais sustentável, principalmente por não usar papel e tinta para existir. Com isso, basta que o Brasil tenha uma matriz energética sustentável para que a emissão de dinheiro seja 100% amiga do meio ambiente.

Com essas mudanças, vale lembrar que o real digital não vai acabar com o dinheiro físico. O BC quer lançar a moeda até o final do primeiro semestre de 2024.

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