REAL DIGITAL deve reduzir custos de operações bancárias
Nem todo mundo sabe, mas o Banco Central (BC) continua trabalhando para lançar a futura moeda digital do país. Trata-se do Real Digital, que deverá funcionar como uma extensão do nosso papel moeda nos próximos anos.
Os testes da versão digital do real deverão começar em 2023. Na verdade, o cronograma prevê que o BC lance um projeto-piloto no segundo trimestre de 2023, estendendo-se até o final de 2024.
De acordo com o coordenador do real digital no BC, Fábio Araújo, o real digital representa a modernização do sistema bancário e de pagamentos no Brasil. Ele afirmou que a futura moeda digital consiste em um estágio além do Pix.
“É toda uma trajetória de inclusão financeira. Você tem primeiro o PIX, com o acesso ao pagamento digital. Depois vem o open banking, quando o sistema financeiro começa a oferecer produtos que te atendam. E o real digital traria eficiência para implementação desses produtos, tornando essa inclusão mais efetiva”, explicou Araújo.
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Real digital deve reduzir custos bancários
Em resumo, uma das principais vantagens do real digital será a redução de custos nas operações bancárias. A saber, a expectativa é que isso ajude a popularizar produtos bancários através das fintechs, que são pequenas empresas de tecnologia ou startups cuja atuação ocorre no setor financeiro.
“Quando reduz os custos e aumenta a agilidade, abre o potencial para criação de novos negócios, que é o que a gente viu acontecer com o PIX”, disse Araújo.
“A gente espera que a gente possa trazer pro mercado de crédito e investimento pessoas que hoje estão fora desse mercado. Que você tenha um ganho de eficiência pra poder levar produtos para uma parcela maior da população brasileira”, acrescentou o economista.
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Diferença entre criptomoedas e o Real Digital
Há grandes diferenças entre o Real Digital e as criptomoedas, e a mais importante delas se refere ao controle das moedas. A propósito, as criptomoedas surgiram com o objetivo de serem moedas descentralizadas. Isso quer dizer que governos ou bancos não podem controlá-las. Por outro lado, o real digital fica sob controle do BC.
Outra diferença se refere à escassez das moedas digitais, que são consideradas ativos e passam a ter muito valor atribuído, em especial o bitcoin. Como o Real Digital é apenas uma extensão do papel moeda, seu valor continua o mesmo do dinheiro físico.
Além disso, as criptomoedas não oferecem proteção e garantia aos usuários sobre o dinheiro. Então, os riscos que os investidores correm no mercado de moedas digitais é bem superior ao oferecido pelo Real Digital.
Por fim, a centralização da moeda digital brasileira garante que ela não oscile igual às criptomoedas. Em outras palavras, a variação do real será bem mais previsível e menor do que a do mercado de criptmoedas.
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