Reajustes salariais podem destruir a economia, afirma Guedes

Quinta-feira (07/04) o ministro da economia, Paulo Guedes se pronunciou sobre a questão dos reajustes salariais. De acordo com o ministro, se acontecer um reajuste geral dos salários a economia pode ser “destruída”.

Para o ministro, o aumento faria reviver a lógica da indexação do período de hiperinflação ocorrida nos anos 80 no país e que se estendeu até o início dos anos 90.

Na análise de Guedes, um reajuste distribuído a todas as categorias seria criar um custo que os futuros cidadãos terão que pagar, ou seja, os nossos filhos e netos. Outra consequência seria a destruição da economia já que levar a frente o reajuste é trazer novamente a lógica da realimentação inflacionária, a indexação estaria de volta.

 

As declarações se situam num momento em que o governo estudar fazer reajustes salariais, contudo, ainda não há definição e nem um plano fechado para dizer qual seria esse reajuste ou qual ou quais setor(es) seriam beneficiados. De acordo com o ministro, “Agora, tem dois campos. Um campo que partiu para o populismo, de dar aumento salarial num momento em que ainda está se combatendo a crise; e outro que diz: ‘olha, espera um pouco, espera a doença ir embora e, depois, nós vamos reavaliar e dar aumentos salariais’”.

 

Há informações dos auxiliares de que a pasta pensa em autorizar uma redução de tributos somente sobre o diesel; é o que está em um projeto de lei que está tramitando no Senado.

Enquanto os estudos sobre a temática não é concluída a equipe de Paulo Guedes está na espera para poder começar uma articulação no Congresso.

 

O governo bloqueou R$ 1,7 bilhão do Orçamento no mês passado. Isso por que não existia espaço para o teto de gastos. Contudo, o valor foi preservado para reajustes.

 

De acordo com o ministro, está descartada a possibilidade de reposição de inflação em reajustes salariais: “Durante a pandemia, a gente gasta com a pandemia e depois aí sim você começa a reparar alguns que ficaram para trás. Mas não pode ter aquela lógica passada de reposição. ‘Ah, vou repor’. Se houve uma queda, uma perda, nós somos uma geração que pagou pela guerra”.

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