R$ 17 milhões de PIX? Bolsonaro virou notícia após polêmica
Movimentação incompatível nas movimentações de Bolsonaro são ilícitas? Vamos explorar este assunto!
Ex-presidente no Brasil, Jair Messias Bolsonaro, ainda carrega a estima de muitos que se identificaram com o seu governo e suas palavras. Mas nos últimos dias, um dos assuntos que tomou a internet foi referente aos R$ 17 milhões que Bolsonaro recebeu via PIX.
R$ 17 milhões via PIX de Bolsonaro são ilícitos?
Muito se perguntou acerca da origem dos R$ 17 milhões que Bolsonaro recebeu via PIX nas últimas semanas. Embora o valor seja realmente superior às condições declaradas pelo ex-presidente ao TSE, não há indícios de que seja um dinheiro de origem ilícita.
Desde janeiro até a primeira semana de Julho, o ex-presidente teve 769 mil transações com destino para suas contas bancárias.
Mesmo assim, destaca-se o fato de que grande maioria das transações são de valores pouco expressivos. De todo montante, entretanto, cerca de 21 contas fizeram colaborações entre R$ 5 mil e R$ 20 mil reais.
Após este primeiro semestre, o valor arrecadado foi equivalente a quase toda movimentação de Bolsonaro durante este período. Dessa forma, apenas cerca de R$ 1,3 milhões não foram arrecadados dessa movimentação voluntária.
Qual é o motivo das doações para Bolsonaro?
Para alguns pode parecer óbvio, mas nem todos os brasileiros talvez saibam. No entanto, um movimento na internet surgiu com o intuito de ajudar o ex-presidente.
A princípio, a intenção seria ajudá-lo a arcar com dívida geradas por multas aplicadas ao longo do seu governo.
O movimento que começou com incerteza ganhou força após a companhia de imprensa de Bolsonaro confirmar as informações sobre a sua chave PIX. Recentemente, a defesa do ex-presidente se pronunciou alegando:
“Para que não se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita”.
Ex-presidente não pagou as multas?
Nos últimos dias outro ponto se levantou após a divulgação de que Bolsonaro recebeu os R$ 17 milhões. As multas não foram pagas?
Segundo divulgações do Controle de Atividades Financeiras (Coaf), durante o período em que Bolsonaro recebeu doações, ele também aplicou cerca de R$ 17 milhões em renda fixa.
Desse modo, o dinheiro estaria investido em Recibos de Depósito Bancário (RDB) e Certificados de Depósitos Bancários (CDB). Ambos são investimentos que acompanham a taxa de juros básico no Brasil, a Selic.
O motivo pelo qual a atitude teria chamado a atenção, é porque os valores totais das multas chegariam a cerca de R$ 1 milhão. Ao todo seriam 7 multas na Secretaria de Saúde do Estado, que somariam o valor citado.
Expor dados bancários é realmente correto?
Por fim, esta foi uma das questões que também surgiu. Afinal, com a publicação do Coaf, alguns nomes, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, foram expostas.
Isso levantou a dúvida acerca da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e questões que tangem a privacidade das pessoas que doaram algum valor significativo.
Aliás, em defesa de Bolsonaro, há afirmações de que a exposição dos doadores não contribui para uma investigação que estaria em curso.
De fato há muitas questões em torno das doações a Bolsonaro, mas após alguns meses evitando falar no assunto, apenas revelando que o valor já havia sido arrecadado, o ex-presidente realmente confirmou os R$ 17 milhões.
Em um encontro do PL Mulher, que ocorreu em Santa Catarina recentemente, Bolsonaro falou acerca das doações com ironia:
“Obrigado a todos aqueles que colaboraram comigo no Pix há poucas semanas. Dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro aqui para a gente tomar um caldo de cana e comer um pastel com a dona Michelle”.