Quais os vilões da alta da inflação em 2021?
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação em 2021 atingiu a marca dos 10,25%. Só no mês de setembro, o patamar subiu 1,16%, seu maior desde o início do Plano Real. Aqui no Brasil, a inflação é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que leva em consideração os preços de diversos produtos e serviços consumidos no país.
Na lista de itens em constante aumento estão aqueles cujos preços são estipulados pelo mercado, como produtos do varejo e alimentos. Do outro lado estão o produtos sob comando de agências regulatórias, a exemplo os combustíveis e a bandeira de energia.
Lista dos 20 itens que mais subiram de preço em 12 meses até setembro
Todo mundo está sentindo que ir ao mercado ficou mais pesado para o orçamento. Pensando nisso, separamos uma lista de produtos e serviços que estão sendo os vilões no bolso do consumidor diante da inflação em 2021:
Pimentão: 96,34%;
Abobrinha: 64,93%;
Etanol: 64,77%;
Repolho: 57,90%;
Passagem aérea: 56,81%;
Batata-doce: 54,28%;
Pepino: 52,56%
Mandioca (aipim): 45,27%;
Açúcar refinado: 43,90%;
Laranja-lima: 40,25%;
Gasolina: 36,60%;
Gás veicular: 38,46%;
Açúcar cristal: 38,37%;
Filé-mignon: 37,57%;
Gás de cozinha: 34,67%;
Pá (carne): 34,59%;
Material hidráulico: 34,02%;
Pneu: 33,14%;
Óleo Diesel: 33,05%;
Óleo de Soja: 32,06.
Por que a inflação está tão alta em 2021?
As variáveis são diversas, a começar pela disparada do dólar que, além de atuar diretamente no preço de produtos e insumos importados, também interfere no preço dos combustíveis, visto que o barril de petróleo é cotado no mercado internacional.
Outro ponto é a instabilidade política, que vem puxando para cima inflação. As incertezas econômicas no país causam a saída de empresas e investimentos estrangeiros, fazendo com que o real seja cada vez mais desvalorizado.
A conta de luz também tem sido uma das grandes vilãs da alta dos preços. A falta de chuvas fez com que o governo adotasse uma nova bandeira energética, por sua vez mais cara. Para se ter uma ideia, nos últimos 12 meses a alta acumulada chega a 28,82%, fator que pressionou a escalada da inflação no último mês.