Previsões para a conta de energia elétrica para 2023
Neste ano de 2022, o aumento da energia elétrica foi entre 11,35% e 20%, sendo justificado por muitos fatores. Mas, e para 2023, quais são as previsões para a conta de energia elétrica? Este é o assunto que pretendemos apresentar com este artigo.
Quais são as causas de que houve aumento na casa de 2 dígitos em 2022?
Sabe-se que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) é a agência responsável pela regulação das 50 distribuidoras de energia elétrica existentes no Brasil. Sendo assim, é a que autoriza os reajustes das tarifas de energia elétrica, considerando os custos, encargos, efeitos financeiros e as medidas para mitigar as ações.
De acordo com a ANEEL, neste ano de 2022, o reajuste tarifário para usuários residenciais ocorreu entre 11,35% e 20%. A justificativa para este aumento, é por causa dos grandes custos de produção de energia no ano de 2021, com a crise hídrica existente neste ano. Foram utilizados durante vários meses, as usinas termelétricas, que apresentam um custo muito elevado.
Quais são os fatores que devem pesar na conta de energia elétrica em 2023?
Entre os principais fatores que devem influenciar para o aumento da fatura de luz tem-se:
Terá início o pagamento da Escassez Hídrica, que é um empréstimo realizado no setor elétrico no ano de 2021;
Haverá continuação do pagamento da Conta-COVID, que é um empréstimo do setor feito no período da pandemia;
Acréscimo da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético);
Acréscimo das taxas de transmissão.
De acordo com a ANEEL, neste ano de 2022, o reajuste tarifário para usuários residenciais ocorreu entre 11,35% e 20% – Reprodução AdobeStock
Quais são os fatores que devem amenizar a conta de energia elétrica em 2023?
Entre os fatores do setor elétrico que devem amenizar a conta de energia elétrica em 2023 tem-se:
Diminuição nos custos de geração de energia, uma vez que há previsão de maior utilização de hidrelétricas, energia eólica e solar;
Haverá a continuação da devolução dos tributos pagos indevidamente pelos consumidores. Há uma estimativa de que sejam repassados aos consumidores o valor de R$ 13,6 bilhões;
Haverá o aporte de R$ 575 milhões pela Eletrobrás, ao CDE, no ano de 2023, e assim, diminuir os custos desse encargo aos consumidores;
Tendo em vista o fim do pagamento da dívida realizada para construir a Usina de Itaipú, ocorrerá redução na tarifa;
Deverá ser mantido o teto de 18% para o imposto de ICMS incidente sobre o consumo de energia elétrica;
Poderá ocorrer mudança na base de cálculo do imposto estadual, e assim, subtrair componentes que incidem sobre os impostos.
Acredita-se desta forma, que para 2023, existe forte tendência para que ocorra aumento na fatura de energia elétrica, mas que não seja tanto como foi neste ano de 2022. Se estamos pagando ainda contas de 2021, neste ano de 2022 não houve situações de escassez hídrica, que facilitou o não uso das usinas termelétricas, que são as mais caras em termos de manutenção e produção de energia elétrica.
É preciso, então, que este governo que agora assume, em 2023, olhe com carinho e incentive a produção de usinas eólicas e aproveitamento da energia solar para se transformar em energia elétrica.
São energias mais sustentáveis e a produção pode ser de forma mais barata.
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