Após dois meses de queda, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) voltou a subir no país. A saber, este indicador é considerado a prévia da inflação oficial.
Em outubro, o IPCA-15 variou 0,16%, após registrar deflação em agosto (-0,73%) e setembro (-0,37%). Por falar nisso, deflação corresponde à queda dos preços de bens e serviços, sendo o oposto da inflação, que reflete o encarecimento dos itens.
Com o acréscimo do resultado de outubro, a variação acumulada pelo índice nos últimos 12 meses caiu de 7,96% para 6,85%. Por outro lado, no acumulado de 2022, o IPCA-15 acelerou de 4,63% para 4,80%, permanecendo acima da meta da inflação para o ano, de 3,50%, mas ainda dentro do limite superior definido, de 5,00%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo indicador, divulgou as informações nesta terça-feira (25).
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Inflação sobe em seis dos nove grupos pesquisados
O IBGE revelou que seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta em seus preços em outubro. Veja abaixo a variação destes grupos:
Vestuário: 1,43%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,80%;
Despesas pessoais: 0,57%;
Habitação: 0,28%;
Alimentação e bebida: 0,21%.
Educação: 0,19%.
“Entre as altas, o maior impacto veio do grupo de Saúde e cuidados pessoais (0,10 p.p.), cujos preços subiram 0,80% em outubro, influenciados sobretudo pelo aumento nos preços dos planos de saúde (1,44%)”, explicou o IBGE.
“Essa aceleração foi influenciada por reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos planos de saúde contratados antes da Lei nº 9.656/98 e com vigência retroativa desde julho. O aumento nos preços de itens de higiene pessoal (1,10%) também influenciou a alta no grupo”, acrescentou.
Em contrapartida, três grupos tiveram variações negativas em outubro:
Transportes: -0,64%;
Comunicação: -0,42%;
Artigos de residência: -0,35%;
Em suma, o grupo transportes teve o maior impacto mensal no IPCA-15, de -0,13 ponto percentual (p.p.). Esse resultado foi puxado pela gasolina, cujo preço caiu 5,92%, impactando a prévia da inflação em 0,29 p.p.
Vale destacar que a queda no grupo transportes só não foi maior devido ao item passagens aéreas, cujos preços saltaram 28,17% em outubro. Com isso, o item impactou o grupo e o IPCA-15 em 0,18 p.p.
Por fim, no grupo comunicação, a redução nos pacotes de acesso à internet (-1,69%) e nos planos de telefonia móvel (-1,35%) puxaram a taxa para baixo em outubro.
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