Prepare o bolso: LEITE deve ficar 15% MAIS CARO neste mês
Ir ao supermercado comprar leite tem sido uma tarefa difícil para os brasileiros. Nos últimos meses, os itens lácteos vêm chamando a atenção devido ao seu encarecimento. E a expectativa é que o leite fique ainda mais caro em julho, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com a pesquisa realizada pelo Cepea, o litro do leite deverá ter alta de 15% neste mês, em relação a junho. Aliás, o item fechou o primeiro semestre de 2022 acumulando forte alta de 19,8%.
Esse cenário vem afetando a renda de milhares de famílias do país que consomem produtos lácteos regularmente. Em resumo, não é apenas o leite que está mais caro, mas os seus derivados também seguem o mesmo caminho. E isso não deverá mudar no curto prazo.
O Cepea revelou que o preço do leite captado em maio, cujo pagamento aos produtores ocorreu em junho, teve alta de 4,6%. A saber, essa foi a quinta elevação consecutiva e fez o litro do leite chegar a R$ 2,68 na “Média Brasil” líquida do Cepea.
Derivados do leite também estão mais caros
A pesquisa do Cepea também revelou que os derivados do leite também estão mais caros no país. Veja abaixo as médias de preços que alguns itens importantes registraram em junho no estado de São Paulo:
Leite longa vida (UHT) – R$ 5,22/litro;
Queijo muçarela – R$ 36,55/kg;
Leite em pó – R$ 30,55/kg.
Em suma, o leite longa vida teve alta real de 17,7% na comparação com maio. Na sequência, ficaram o queijo muçarela, com alta de 17,2%, e o leite em pó, que fechou o mês 6,7% mais caro. Em um ano, os avanços foram de 31,94%, 14,95% e 10,53%, respectivamente.
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Veja o que vem deixando os itens mais caros
Segundo o professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Kanter, há três principais fatores que estão elevando os preços do leite no país. O primeiro deles se refere ao clima seco, que é tradicional do período de entressafra. A saber, o clima prejudica a qualidade das pastagens, resultando na queda da produção de leite.
Além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia e o próprio clima seco estão elevando os custos de produção. Isso acontece porque a Ucrânia é um grande exportador de milho, usado na alimentação dos gados, e o Brasil utiliza grandes quantidade de fertilizantes vindos da Rússia.
Por fim, o mercado vem se mostrando mais atrativo para o comércio de carne que o de leite. Em outras palavras, os produtores estão preferindo vender o animal para o exterior, pois a alta do dólar permite um rendimento maior. Como consequência, a oferta interna reduz, pressionando os preços do item.
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