O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) subiu 0,6 ponto em dezembro deste ano, na comparação com o mês anterior. Com isso, o índice chegou a 112,7 pontos, maior nível desde agosto deste ano (116,6 pontos).
Em resumo, taxas superiores a 100 pontos indicam que há algum grau de incerteza econômica no país. Aliás, a faixa acima de 112 pontos mostra que a incerteza no país não é apenas superficial, mas se encontra em nível razoável.
Embora o patamar continue elevado, vale destacar que, nos últimos meses, a incerteza se manteve em um patamar mais estabilizado, diferentemente do que aconteceu nos últimos anos devido à pandemia da covid-19. Contudo, isso aconteceu com um indicador em nível elevado, algo que não é positivo.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (30).
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Transição do governo impulsiona incerteza no país
De acordo com Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, a incerteza teve leve alta em dezembro devido às preocupações trazidas com a transição do governo federal. Na verdade, o cenário político exerceu grande influência nas expectativas do país em praticamente todo o ano de 2022.
A economista também explicou que o indicador encerrou o ano em nível insatisfatório, mas em um patamar bem melhor que o registrado em abril de 2020 ( 210,5 pontos), quando o país sofreu com a chegada da pandemia da covid-19.
“Diante da conjuntura doméstica e internacional desafiadora, o Indicador de Incerteza deverá se manter oscilando em patamar elevado nos próximos meses”, acrescentou.
Por fim, o componente de Mídia caiu 2,5 pontos, para 110,1 pontos. Por outro lado, o componente de Expectativa, que responde por apenas 20% do IIE-Br, saltou 12,8 pontos, para 117,9 pontos. Como esse componente exerce bem menos impacto, a sua forte alta não impulsionou tanto assim a incerteza do país em dezembro.
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