Preços mundiais dos alimentos caem pelo 4º mês consecutivo
Os preços mundiais dos alimentos caíram em julho deste ano, na comparação com o mês anterior. A saber, este foi o quarto recuo consecutivo, mas os altos preços ainda consomem boa parte da renda das famílias de todo o planeta. E esse cenário pouco positivo para o consumidor deverá se manter, ao menos no curto prazo.
De acordo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os preços internacionais de uma cesta de produtos básicos caíram 8,7% no mês passado, em relação a junho. Com isso, o índice FAO caiu de 154,3 para 140,9 pontos entre os meses.
Embora tenha recuado na comparação mensal, o índice de preços dos alimentos está 13,1% acima do valor registrado em julho de 2021. Isso aconteceu, principalmente, devido à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que pressionou ainda mais os preços dos alimentos e fez o índice FAO bater recorde em março.
Em resumo, o indicador da FAO acompanha as commodities alimentares mais comercializadas no planeta. Embora o conflito no leste europeu tenha aumentado os gargalos nas cadeias globais de suprimentos, um acordo entre os países deverá reduzir os preços globais de alguns alimentos.
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Preços caem, mas incertezas continuam
Segundo a FAO, a queda dos preços dos alimentos em julho foi bastante positiva para as pessoas. Nos últimos meses, as principais commodities globais viram seus preços dispararem. Por isso, todo decréscimo é comemorado. Contudo, as expectativas para o futuro não são tão positivas.
“O declínio nos preços das commodities alimentares frente a níveis muito altos é bem-vindo, no entanto, muitas incertezas permanecem”, explicou o economista-chefe da FAO, Maximo Torero.
A saber, o mundo teme uma recessão econômica, ao mesmo tempo em que as moedas sofre com muita volatilidade. Tudo isso sem contar com os altos preços dos fertilizantes, fator capaz de afetar a produção de incontáveis agricultores do planeta. Em suma, esse cenário coloca em risco a segurança alimentar, segundo Torero.
Por fim, a FAO revelou que os índices de preços de óleos vegetais, açúcar, laticínios, carnes e cereais caíram em julho. A propósito, os destaques do mês foram os decréscimos de 14,5% do trigo e de 10,7% do milho.
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