Preço da cenoura dispara 166% em um ano e pesa no bolso do brasileiro

Muitos brasileiros utilizam os legumes regularmente em sua alimentação. Contudo, o hábito vem perdendo força nos últimos tempos devido aos altos preços destes itens, que estão bem mais caros do que há um ano. E quem mais está sentindo estas elevações são os consumidores.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cenoura lidera o ranking dos alimentos com as maiores variações nos últimos 12 meses. A saber, o legume está 166,17% mais caro do que há um ano.

A variação da cenoura supera em 14,7 vezes a taxa do IPCA-15 no período (11,30%), índice considerado a inflação do país. Diante da disparada do preço, os consumidores do país já estão substituindo o legume por opções mais baratas.

Em março, a cenoura saltou 31,47% e impulsionou ainda mais a variação acumulada em 12 meses. Contudo, o legume não foi o único item a ter uma variação explosiva no mês passado. O preço do tomate disparou 27,22% em março e respondeu por 15,6% da variação do grupo alimentos e bebidas no mês.

Entre abril de 2021 e março de 2022, o tomate acumulou um avanço de 94,55%, segunda maior variação, atrás apenas da cenoura. Já o preço do pimentão está 80,44% mais caro do que há um ano. Em suma, estes itens tiveram os maiores reajustes entre todos os itens pesquisados e ajudaram a impulsionar a inflação do Brasil no período.

Veja outros itens que também estão bem mais caros

Segundo os dados do IBGE, o top dez ainda tem a presença dos seguintes itens: melão (68,95%), melancia (66,42%), repolho (64,79%), café moído (64,66%), mamão (54,95%), óleo diesel (46,47%) e gás veicular (45,54%).

A saber, os combustíveis pressionaram ainda mais a inflação do país em março. Isso ocorreu devido aos reajustes promovidos pela Petrobras sobre o diesel e a gasolina, que fizeram os preços disparar nos postos do país.

No top 50, também há outros itens muito importantes para os brasileiros: transporte por aplicativo (12ª posição, com uma variação de 42,74%), gás de botijão (23º, com alta 29,56%), energia elétrica residencial (24º, 28,52% mais cara), gasolina (28º, avançando 27,48%) e etanol (34º, com alta de 24,59%).

No ano passado, os combustíveis foram os “vilões da inflação” no país, acumulando alta de 49,02%. A taxa superou em quase cinco vezes a inflação do país em 2021 (10,06%). E a expectativa é que os combustíveis continuem pressionando a taxa inflacionária no país em 2022.

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