PIX: Banco Central divulga os bancos com os melhores e piores sistemas de transferências
O Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central em 2020, tem conquistado cada vez mais usuários no Brasil, contando atualmente com quase 145 milhões de pessoas físicas e jurídicas cadastradas.
Com o intuito de avaliar a qualidade do serviço oferecido pelos bancos aos seus clientes, bem como suas eventuais falhas e resoluções de problemas, o Banco Central estabeleceu três indicadores de qualidade para o serviço de transferência.
Indicadores de qualidade
O Banco Central criou três indicadores de qualidade para avaliar o serviço de pagamento instantâneo Pix oferecido pelos bancos aos seus usuários.
O Índice de Qualidade de Serviços (IQS) é composto por três índices:
- Índice de Reclamações, que inclui o índice RDR (reclamações feitas no Banco Central), índice de resolução de problemas e índice de satisfação dos clientes;
- Índice de Disponibilidade;
- Índice de Timeouts.
Cada índice é avaliado com notas de A (mais alta) a E (mais baixa), exceto o índice de disponibilidade, que é avaliado como “cumpriu” ou “não cumpriu” a meta.
Atualmente, quase 145 milhões de pessoas físicas e jurídicas estão cadastradas no sistema Pix.
Melhores e piores bancos que ofertam o serviço
Com base nos indicadores de qualidade do Pix estabelecidos pelo Banco Central, os bancos recebem uma nota mensal que varia de A a C. Além disso, o BC também calcula uma média histórica dessas notas, classificando os bancos entre 1 e 3.
A partir dessas avaliações, é possível identificar quais são os melhores e piores bancos no oferecimento do serviço.
As piores instituições em relação ao oferecimento do Pix, de acordo com as notas atribuídas pelo Banco Central, são o Banco de Brasília, Zro Pagamentos, Banco Arbi e Credsystem SCD.
Já entre os principais bancos, as melhores instituições são Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Milhares de transações diárias
O sistema de pagamento instantâneo Pix encerrou o ano de 2022 com mais de 24 bilhões de transações, totalizando R$ 10,9 trilhões em valores movimentados, e uma média de 66 milhões de operações diárias.
Esses números superam os de outras formas de pagamento como cartão de débito, boleto, TED, DOC e cheques, que juntos somaram 20,9 bilhões de transações.
O Pix ficou atrás apenas da TED em valores, cujas transações somaram R$ 40,7 trilhões no mesmo período. Depois do Pix, os meios de pagamento preferidos dos brasileiros foram o cartão de crédito (18,2 bilhões de transações) e o cartão de débito (15,6 bilhões de transações).
Utilização superior a outros meios de pagamento
Desde sua entrada em funcionamento em novembro de 2020, o Pix tem superado outros meios de pagamento. Em seu primeiro mês, já ultrapassou as transações feitas com DOC e, em janeiro de 2021, superou as transações com TED.
Em março do mesmo ano, passou na frente em número de transações feitas com boletos. Em maio, o Pix ultrapassou a soma de todas essas formas de pagamento.
Quanto aos cartões, o Pix superou as operações de débito em janeiro de 2021 e, em fevereiro do mesmo ano, passou na frente das transações com cartões de crédito.
Após o Pix, os meios de pagamento mais utilizados pelos brasileiros foram o cartão de crédito (18,2 bilhões de transações) e o cartão de débito (15,6 bilhões), seguidos por boleto (4 bilhões), TED (1,01 bilhão) e cheques (202,8 milhões).
Em termos de valores transacionados, depois do TED, Pix e boletos, surgem as transações com cartão de crédito (R$ 2,09 trilhões), cartão de débito (R$ 992 bilhões), cheques (R$ 666,8 bilhões) e, por último, o DOC (R$ 55,7 bilhões).