Piso salarial médio no Brasil chega a R$ 1.523 em 2022

Os reajustes salariais no Brasil não estão agradando os brasileiros. Isso porque quase metade dos acordos e convenções coletivas ficaram abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em agosto. Por outro lado, apenas 27,5% dos reajustes superaram o INPC no mês passado.

A saber, o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS no país. Em resumo, os reajustes interferem diretamente no piso salarial de cada setor econômico do país. E, quanto maior o acordo, mais elevado tende a ser o poder de compra do trabalhador.

De acordo com o Dieese, o piso salarial médio do país foi de R$ 1.523 no acumulado deste ano, entre janeiro e agosto. Entre os quatro setores econômicos pesquisados, apenas um deles teve um resultado superior à média nacional. Veja abaixo os pisos de cada um dos setores:

Serviços: R$ 1.541,08
Indústria: R$ 1.512,76
Comércio: R$ 1.492,86
Rural: R$ 1.465,27

Em resumo, o setor de serviços responde por cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Por isso, o setor puxou o piso salarial do país para cima, apesar de os demais setores terem registrado valores inferiores à média nacional.

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Veja o piso salarial das regiões brasileiras

Além disso, o Dieese também revelou o piso nacional médio nas regiões brasileiras. A propósito, todos os dados divulgados pelo Dieese são do Ministério do Trabalho e Previdência.

Veja abaixo os pisos salariais médios em cada região:

Sul: R$ 1.578,95
Sudeste: R$ 1.563,72
Norte: R$ 1.437,84
Centro-Oeste: R$ 1.423,89
Nordeste: R$ 1.376,99

Segundo o Dieese, os reajustes salariais foram bastante diferentes entre as regiões brasileiras. A saber, o Sul teve a maior taxa de acordos acima do INPC (24,5%), seguido por Sudeste (22,4%), Nordeste (14,5%), Norte (14,3%) e Centro-Oeste (11,4%).

Em contrapartida, o Centro-Oeste teve a maior taxa do país em relação aos reajustes inferiores ao INPC. Na região, 68,6% dos acordos e convenções coletivas reduziram o poder de compra do trabalhador no acumulado de janeiro a agosto. Em seguida, ficaram Norte (60,6%), Nordeste (58,3%), Sudeste (44,1%) e Sul (24,8%).

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