O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceria ainda mais se não fossem os juros elevados no país. Pelo menos é isso o que acredita o ministro da Economia, Paulo Guedes, que afirmou que o Brasil está com o “freio de mão puxado”.
De acordo com Guedes, o ciclo de alta dos juros, promovido pelo Banco Central (BC) para conter a inflação, limita o crescimento econômico. A propósito, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, revelou nesta quinta-feira (1º) que o PIB do país cresceu 1,2% no segundo trimestre.
“Estamos com freio de mão puxado, que é o BC controlando a inflação. Não há razão para pessimismo a frente, muito pelo contrário. O Brasil estaria crescendo 3,5% de repente, 4%, se não fossem os juros, que justamente estão com freio de mão puxado, corretamente, para travar a inflação”, afirmou Guedes.
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Juros devem cair em 2023, diz ministro
O ministro da Economia fez as declarações em um evento no Rio de Janeiro. Além de ressaltar o otimismo com o crescimento econômico neste ano, ele disse que as expectativas para 2023 também são bem positivas.
Segundo Guedes, o “vento monetário vai ser a favor” no próximo ano. Dessa forma, o crescimento da economia brasileira será ainda mais expressivo, uma vez que a expectativa é que a inflação recue em 2023, reduzindo também os juros no país.
“Imagine que no ano que vem, já com a inflação caindo, o BC já está baixando, ou seja, o vento monetário vai ser a favor, ao invés de ser contra como nesse ano… Esse ano você tem um fiscal forte, que está ajudando a crescer, mas você tem um monetário, um freio monetário. Estamos com um freio de mão puxado na política monetária”, disse.
No evento, o ministro também destacou as taxas cada vez menores em relação ao desemprego no Brasil.
“Quando olha todos os indicadores, olha pro comércio internacional estamos batendo recordes, olha para a arrecadação, todo mês está quebrando recordes, olha para consumo de energia elétrica, está quebrando recordes, você olha para o desemprego, que chegou a 14,9%. Era 12%, foi a 14,9%, por causa da Covid, e começou a descer: 14%, 13%, 12%, 11%, 10% e já está em 9,1%”, destacou Guedes.
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