Passagens aéreas estão 21,3% mais baratas nas férias de inverno
Vai sair de férias? O preço das passagens aéreas está favorável. Segundo um levantamento do FGV/Ibre, a chegada do inverno trouxe boas notícias para os brasileiros este ano, com uma queda média de 4,4% nos preços dos serviços e produtos relacionados à estação nos últimos 12 meses.
Especificamente na cesta de inverno, seis itens que compõem a chamada “inflação de férias” apresentaram uma deflação de 10,63% em relação ao ano passado. Um dos destaques desse estudo é a queda significativa nas passagens aéreas, que recuaram impressionantes 21,13%.
No entanto, é interessante notar que se as passagens aéreas fossem excluídas do levantamento, a “inflação das férias” ainda estaria em 3,77% e a “inflação de inverno” em 3,63%, ambas acima da inflação geral registrada nos últimos 12 meses, que foi de 2,23%.
Comparado ao mesmo período do ano anterior, quando a mesma cesta de produtos para as férias acumulava alta de 37,44% em 12 meses, a desaceleração é impressionante. No ano passado, os preços das passagens aéreas mais que dobraram (143,72%), tornando a queda atual ainda mais notável.
Queda nos preços das passagens aéreas são parte de tendência geral
De acordo com Matheus Peçanha, pesquisador do FGV/Ibre, a queda nos preços das passagens aéreas faz parte de uma tendência geral de queda nos custos diretos, incluindo o querosene de aviação, que depende do petróleo e do dólar. Essa redução nos custos tem sido observada desde o final do ano passado, e mesmo a presença do fator sazonal, que normalmente pressiona os preços nesta época do ano, não foi até então suficiente para contrabalançar o impacto positivo da queda nos custos.
O pesquisador também ressalta que outros serviços do setor de turismo e entretenimento têm refletido a situação geral da inflação dos serviços no pós-pandemia, com uma pressão no lado da demanda impulsionada pela retomada, que ainda persiste, mas em um ritmo não tão acelerado do que no ano anterior.
Além disso, o custo de se manter aquecido durante o inverno também apresentou desaceleração, com ligeira deflação em bebidas quentes, como café com leite, e um ritmo de crescimento menor no gás encanado em comparação ao ano anterior.
Aumento na cesta de itens
Por outro lado, a cesta de itens têxteis apresentou um crescimento médio de 7,3%, enquanto os medicamentos tiveram alta média de 6,71%, ambos mostrando uma desaceleração em comparação ao ano anterior. Esses números são reflexo do processo desinflacionário experimentado pela economia brasileira nos últimos tempos.
Com a redução consistente dos custos de diversas matérias-primas desde o fim de 2022, o repasse para o consumidor final demorou para acontecer, mas está ganhando força, principalmente a partir do segundo trimestre. A tendência é o processo de desaceleração e queda de preços se intensifique ao longo do ano.
Boas notícias
A desaceleração nos preços dos produtos e serviços relacionados ao inverno é uma notícia positiva para os consumidores brasileiros, especialmente após um período de inflação elevada. A queda nos preços das passagens aéreas, por exemplo, é um alívio para quem planeja viajar durante as férias de julho. Além disso, o menor aumento nos custos de itens como bebidas quentes e gás encanado ajuda a aliviar o orçamento das famílias durante o inverno.
Essa tendência de desaceleração e queda nos preços é reflexo do processo desinflacionário na economia brasileira neste ano, com a redução consistente dos custos de matérias-primas. A expectativa é que esse cenário continue ao longo do ano, impulsionando a economia e beneficiando os brasileiros.
Em resumo, a desaceleração nos preços dos serviços e produtos de inverno traz alívio para os consumidores e reflete uma melhoria na economia do país, proporcionando um ambiente mais favorável para o planejamento financeiro das famílias.