Ministro da Economia defende aceleração na extração de petróleo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (19) que a Petrobras precisa acelerar a extração de petróleo. De acordo com ele, a commodity é coisa do passado e o país deve se preparar para o futuro.

“Focaliza a Petrobras na extração do petróleo, que é o que tem que acontecer rápido, porque daqui a 15, 20 anos pode ser desinteressante. carro elétrico, tudo elétrico (…) Temos de tirar o petróleo rápido do chão, usar rápido, energia suja, do passado, e ir em direção ao futuro”, destacou Guedes.

O ministro também disse que Eletrobras irá investir em energia solar e eólica. A saber, a companhia foi recentemente privatizada e deverá focar em energia renovável. Já a Petrobras segue focada na extração de petróleo.

“Temos de fazer o movimento rápido. Tira o petróleo e transforma em investimento em saúde, em educação, rápido, enquanto tem valor, precisamos acelerar esse ritmo. Significa não ser prisioneiro de estatais monopolistas que controlam tudo”, afirmou Guedes.

Aliás, o ministro aproveitou para voltar a defender a retomada dos regimes de concessões nos leilões de petróleo. Em síntese, esse regime consiste em leiloar o direito de explorar áreas a empresas, e o vencedor é aquele que dá  o maior lance.

A título de comparação, esse regime de concessão é diferente da partilha, caracterizada pelo pagamento de um bônus da empresa à União ao assinar o acordo. Além disso, há uma divisão com o governo do petróleo encontrado.

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Ministro também fala sobre venda de praias brasileiras

Guedes também negou que o governo pretende vender praias brasileiras. Segundo ele, o objetivo do Planalto seria privatizar apenas os territórios pertencentes à Marinha.

A saber, o ministro se envolveu em uma polêmica no mês passado ao defender concessões do litoral brasileiro. Em resumo, ele criticou as pessoas contrárias à venda de praias ao setor privado.

“Tem trilhões de ativos mal-usados. Por exemplo, tem um grupo de fora que quer comprar uma praia numa região importante do Brasil. Quer pagar US$ 1 bilhão. Aí você chega lá e pergunta: ‘Vem cá, vamos fazer o leilão dessa praia?’. Não, não pode. ‘Por quê?’. ‘Isso é da Marinha”, disse Guedes no final do mês passado.

Nesta quarta, o ministro explicou que a venda defendida por ele é dos terrenos e imóveis pertencentes à União, e não das praias brasileiras.

“Não é privatizar praias, as praias serão sempre públicas. Ao contrário, são os terrenos em frente à praia que pertencem à Marinha”, afirmou Guedes. “Terras valiosíssimas espalhadas pelo Brasil pertencem ao governo”, acrescentou.

“A praia é pública, todo mundo pode tomar banho de mar lá, mas vai ter um hotel lá na frente”, afirmou Guedes.

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