Mais de 30% dos brasileiros não têm acesso suficiente a alimentos

Muitos brasileiros enfrentam dificuldades todos os dias para conseguir alimentos para as suas famílias. De acordo com um levantamento realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (PENSSAN), mais de 30% da população do país não tem acesso suficiente a alimentos.

Essa taxa é muito elevada e reflete o cenário desafiador que milhões de pessoas enfrentam todos os dias no país. Aliás, a situação mais crítica foi verificada nas regiões Norte e Nordeste, que apresentaram as maiores proporções de pessoas vivendo em insegurança alimentar moderada ou grave.

Entre as Unidades Federativas (UFs), Alagoas liderou o ranking nacional. No estado, a insegurança alimentar grave atingiu 36,7% das famílias pesquisadas. Em segundo lugar ficou o Amapá, com uma taxa de 32% dos domicílios nessa situação.

Pará e Sergipe vieram logo em seguida, ambos com 30% da população sofrendo com insegurança alimentar grave. Em resumo, estes quatro estados fazem parte do Norte e do Nordeste brasileiro e evidenciam que as famílias destas regiões sofrem bastante para conseguir alimentos suficientes para elas.

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Sudeste tem maior número de pessoas em insegurança alimentar

Embora as regiões Norte e Nordeste tenham as maiores proporções do país, é o Sudeste que tem o maior número absoluto de pessoas vivendo com alguma insegurança alimentar. Isso acontece porque a região é a mais populosa do país.

Segundo o levantamento, 6,8 milhões de pessoas não tinha acesso suficiente a alimentos em São Paulo. O estado impulsionou os números nacionais, pois sua população corresponde a aproximadamente 20% da população do Brasil. Já o Rio de Janeiro teve 2,7 milhões de pessoas nesta situação.

Veja abaixo as principais definições dos graus de insegurança alimentar para a PENSSAN:

Insegurança alimentar leve: nesse grau, as pessoas se preocupam ou ficam incertas em relação ao acesso aos alimentos no futuro. A qualidade dos alimentos também é menor nesse grau, pois há maior estratégias para evitar o comprometimento da quantidade de alimentos consumidos;
Insegurança alimentar moderada: as pessoas que sofrem com esse grau de insegurança têm uma redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos;
Insegurança alimentar grave: a redução quantitativa de alimentos nesse grau atinge todos os moradores do domicílio, incluindo crianças. Em resumo, a fome se torna uma experiência vivida no domicílio.

Por fim, a pesquisa foi realizada entre novembro de 2021 e abril deste ano e visitou 12.745 domicílios em 577 cidades do país.

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